MAGÉ - Moradores do Pau a Pique, no Bairro Santo Aleixo, no município de Magé, na Baixada Fluminense, se surpreenderam com a coloração vermelha "como sangue'' da água de uma cachoeira da região, conhecida como poço da macumba.
Segundo eles, o caso aconteceu na terça, dia 10 de agosto, mas ainda nesta quinta-feira (12) é possível ver que algumas partes das pedras seguiam avermelhadas. "Isso é criminoso, a prefeitura tem que investigar isso urgente. Isso vi acabar com nossas cachoeiras. Além de matar os animais". Desabafou uma moradora na rede social.
Não sei explicar bem o que é isso, mas é algo muito forte. Como se fosse uma tinta grossa. Só tocar na água, que já sai com as mãos sujas de vermelho. Isso é um crime e quem fez isso tem que pagar por isso para reparação de possíveis danos causados nas vidas que ali residem. Fora os esgotos que todos sabem que estão sendo jogados ali", disse outro.
A equipe de Reportagem do Jornal Destaque Baixada, procurou a prefeitura que disse que a substância não oferecia risco aos moradores e ao meio ambiente. Ainda segundo o executivo, técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) de Magé foram no local e eles constataram que a mudança deveu-se ao arremesso de um saco de corante usado para tingir roupas no local.
De acordo com o engenheiro químico que acompanhou a equipe, a substância não oferecia risco para a saúde da população. E todo material foi retirado do rio e levado para local seguro. Mas de acordo com gestores ambientais, produto químico pode sim trazer danos ao meio ambiente.
Por precaução, no entanto, a Prefeitura coletou amostras da água que serão enviadas para análise pelo INEA.
"Aguardamos ainda o prazo para o resultado que nos será informado por eles. Os técnicos orientaram os moradores e pediram a eles que evitassem contato com a água até ela voltar para sua cor normal (o que aconteceu durante a noite do mesmo dia). Não havia quantidade suficiente de corante para contaminar o poço e tampouco chegar ao Rio Roncador.
Durante a manhã desta quarta-feira (11/08), os técnicos da SMMA, junto com fiscais do Inea, voltaram ao Pau a Pique e constataram que não havia mais vestígios da substância avermelhada na água. Os funcionários do Governo do Estado também coletaram amostras da água para análise. Não houve necessidade de registrar o ocorrido na Delegacia de Polícia. Não houve registro de pessoas com reações por contato com o material. Por prevenção, tudo será descartado por uma empresa especializada tanto no transporte quanto na destinação segura de materiais perigosos". Dizia a nota da prefeitura.