MAGÉ - O corpo de Joice Carneiro Hernandes, de 21 anos continua no IML de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A causa da morte da jovem ainda não foi concluída, já que depende de exames laboratoriais complementares.
Joice, que era esquizofrênica e tratava a dependência química, morreu no domingo (17/10), na cidade de Magé, também na Baixada. Ela foi deixada já sem vida, num posto de saúde no Bairro Fragoso, na noite daquele dia, pelo ex-namorado Diego Medeiros de Souza, de 33 anos, que não quis se identificar na unidade.
Ele também não aguardou a chegada da polícia militar, que foi acionada pela equipe. Diego, que é administrador de uma pagina na cidade, comunicou o falecimento da jovem nas redes sociais e informou que a ex havia morrido devido ao consumo excessivo de drogas no dia do aniversário da filha deles. A menina, havia completado 3 anos de idade.
Um cunhado da vítima desmente que os dois tinham uma filha juntos e diz que Diego não avisou a família sobre a morte da jovem, além disso, no posto de saúde, uma assistente social disse que ele omitiu que conhecia Joice.
Uma ordem de restrição impedia que ele se aproximasse da ex, em virtude de uma acusação de estupro de vulnerável a que ele responde na Justiça. Além do acompanhamento por conta da doença psiquiátrica, que exigia medicação constante, Joice também fazia tratamento contra a dependência química em cocaína.
Em 2018, quando a jovem ainda era menor de idade, o Ministério Público do Rio havia pedido a prisão de Diego por estupro de vulnerável. Quando ela se tornou maior de idade, o pedido de prisão foi revogado, mas ela conseguiu uma medida protetiva que o proibia de ficar a menos de 100 metros dela e de seus familiares.
Diego esteve na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), nesta terça-feira (19) para prestar depoimento e diz ser inocente.
A DH da Baixada já solicitou as imagens das câmeras de segurança do local e oficiou o Instituto Médico-Legal (IML) para pedir rapidez na elaboração do laudo cadavérico, que apontará o que, efetivamente, ocasionou a morte de Joice.
Diego se defende das acusações e postou uma nota. (Veja abaixo).
"Joice morreu de overdose e estou sendo julgado na internet como culpado sem nem ao menos ter dado meu depoimento na Delegacia. Sou suspeito porque fiz o certo e abriguei Joice na minha casa enquanto ela passava mal e depois levei ao pronto socorro em Fragoso. Ela me procurou porque me via como protetor. Eu nunca fecharia a porta da minha casa para a mãe da minha filha do jeito que ela se encontrava.
Eu via minha ex-namorada sem poder ajudar por causa de uma medida protetiva usar drogas todos os dias, dormir na rua e passar fome nas ruas de Piabetá. A família abandonou Joice e não permitia que ela visitasse a própria filha.
Joice fazia uso de medicamentos e no último sábado foi até o CAPS Piabetá aparentemente sob o efeito de drogas e disse a uma funcionária que estava na casa de um homem usando drogas. Eu sei quem é esse homem e irei apontar para a polícia.
Eu quero Justiça mais que todos para Joice Giarolla e vou indicar todos que davam drogas para ela em troca de sexo." Disse Ele.