MESQUITA - "Uma mulher cheia de vida e sonhos". Era assim que os amigos e familiares destacam a enfermeira que morreu depois que recebeu alta após ser diagnosticada com gastrite em UPA da Baixada Fluminense.
Entenda o caso. Kátia Regina de Carvalho Vianna, de 48 anos, passou mal na última quarta-feira a tarde, onde teve fraqueza, febre e mal-estar, quando no outro dia procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento de Edson Passos, em Mesquita.
Kátia, que era enfermeira, trocou mensagem com a família enquanto era atendida, onde inclusive chegou a passar os resultados de seus exames. Ela mesma identificou que havia contraído uma infecção grave. Porém mesmo com muitas dores, a unidade deu alta para ela.
Camila Laíse, irmã de Kátia, disse que ela se queixou de dores abdominais na quarta-feira (3), procurou atendimento na unidade na quinta-feira (4) e foi diagnosticada com início de gastrite. Em seguida, foi liberada, já na madrugada desta sexta-feira, por volta da meia-noite. Na receita passada pelo médico que a atendeu, Kátia foi orientada a fazer uso dos medicamentos Omeprazol e Hidróxido de Alumínio XP. A irmã lembra que ela saiu de cadeira de rodas da UPA Edson Passos, chegou em casa, tomou um mingau e se deitou. Por volta das 6h20 a mãe de Kátia entrou no quarto e ela já estava morta.
Inconformada com a perda repentina da irmã, Camila tenta agora entender como o quadro de saúde da irmã piorou tanto em poucas horas. "Ela chegou na lá bem, foi até dirigindo para a UPA. Saiu de lá sem condições. Ela não podia ser liberada, tinha que estar tomando antibiótico venoso", diz Camila que pede agora por Justiça.
Segundo a família, a UPA se negou a entregar o prontuário da paciente e disse que só vai disponibilizar na Justiça. Procurada na tarde de sexta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) não se pronunciou sobre o caso até a publicação da reportagem. O espaço está aberto para manifestação.