Pai que se juntou a traficantes para se vingar não registrou filho desaparecido porque estava preso

BELFORD ROXO - O pai de uma das crianças desaparecidas na comunidade Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, foi preso por policiais militares com outros seis, durante um confronto entre facções rivais, na última sexta-feira (29). Com ele, a PM encontrou um fuzil AR-15 com 24 munições e outras armas com os demais traficantes.

Depois do intenso tiroteio na comunidade da Palmeira, os PMs prenderam sete pessoas. De acordo com a 54ª Delegacia de Polícia de Belford Roxo, entre os presos estava Anderson de Jesus, que se identificou como o pai de Lucas Matheus, de nove anos, um dos meninos sumidos desde dede o ano passado. 

Ele e confessou em depoimento que decidiu entrar para o tráfico para vingar a morte de seu filho, que não consta com o registro do pai. Anderson foi autuado por associação ao tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. 

Ele confirmou que já fez parte do crime organizado e acabou preso. Foi nesta ocasião que o filho Lucas nasceu e por isso, ele não teria registrado o menino. Ele contou que quando estava fora do crime, ele estava trabalhando como ajudante de pedreiro, foi quando decidiu retornar para se vingar, onde se alinou a facção rival da Palmeira por causa do desaparecimento e possível morte do filho, determinada por traficantes do Complexo do Castelar, no mesmo município.

Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, sumiram no dia 27 de dezembro de 2020 depois que saíram de casa para brincar em um campo de futebol. Eles foram viustos pela última vez, na feira de areia Branca, também em Belford Roxo.

Depois do depoimento, Anderson foi levado para a DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense). Em audiência realizada no domingo (31), a Justiça decidiu manter a sua prisão.

Durante a ação, os policiais prenderam mais sete criminosos envolvidos no confronto.

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01/11/2021