A Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Mulher de Belford Roxo realizou na Estação Cidadania, bairro Piam, um encontro para discutir sobre o Dia da Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. O público alvo foram os homens colaboradores do setor que trabalham na sede, equipamentos e nas ruas. A palestra foi ministrada pelo coordenador do Centro de Referência de Atendimento ao Homem de Duque de Caxias, Paulo César da Conceição.
A secretária da pasta, Brenda Carneiro, destacou que o encontro foi para que cada vez mais esses homens fiquem atentos e possam multiplicar em suas casas ou pela rua tudo o que ouviram na palestra. “Precisamos conscientizar esses homens para que acabe o machismo. Que as mulheres se sintam acolhidas e protegidas. Temos um equipamento voltado para esse tipo de demanda com uma equipe específica que presta atendimento humanizado”, informou Brenda. “Sempre conhecemos alguém que possa estar passando uma orientação ou só uma fala mesmo. Além disso, ninguém nasce agressor, se torna por algum motivo em seu cotidiano”, destacou a coordenadora do Centro de Atendimento Especializado à Mulher, Ana Cristina.
Com o título “Como se constrói a violência dos homens contra as mulheres”, Paulo César da Conceição citou diversas variantes da vida de um homem em diversos ambientes que contribuem para a construção da violência física, psicológica, patrimonial, moral e sexual. “Essa não é uma data comemorativa, mas sim para nunca ser esquecida. Em 1989, em uma faculdade de engenharia no Canadá, um homem atirou somente nas 14 mulheres com a desculpa de que engenharia é coisa de homem. Por isso frisamos muito que o lugar da mulher é aonde ela quiser”, explicou Paulo.
Raphael Santana Rodrigues, 30 anos, que trabalha no Fundo Municipal da pasta e Alysson Sousa, 21, que atua no Cras Wona, participaram da dinâmica feita durante a palestra do Paulo. Eles destacaram como um trabalho voltado para os homens a respeito da violência influencia no dia a dia. “Foi um bate-papo de conscientização e acredito que as pessoas vão sair com um nível melhor sobre o assunto e sabendo lidar com todos os tipos de violência que são encontradas próximo onde frequentamos e em locais públicos”, explicou Raphael. “Já havia pego uma pauta parecida no mês de agosto no Cras onde trabalho. Hoje foi para acrescentar mais informações. Meus olhos já estavam se abrindo para essa violência que está em uma escala alta, principalmente em período pandêmico. É sempre bom a o município informar cada vez mais os funcionários e passar a informação a diante”, completou Alysson.