O Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) foi palco, nesta quarta-feira (15), de uma cantata de fim de ano promovida pela Orquestra Racib Pedro, do bairro Ponto Chic, em Nova Iguaçu. A dez dias do Natal, o grupo trouxe, em seu repertório, canções natalinas, instrumentais e religiosas. Devido ao momento de pandemia, a apresentação aconteceu do lado de fora da emergência. Mesmo sem a interação física, os músicos conseguiram levar emoção aos pacientes, acompanhantes e funcionários que cantaram junto, fizeram registros e agradeceram este acolhimento.
“Toda ação de acolhimento proporciona uma energia positiva em cada paciente, familiar ou funcionário. Essa atitude da orquestra é uma forma não só de acolher, como também de oferecer esperança, carinho e conforto a cada um que acompanhou a apresentação” destaca o diretor-geral do HGNI, Joé Sestello.
Esta é a segunda vez que a orquestra se apresenta no HGNI. A primeira aconteceu em 2020, quando a unidade enfrentava alta nos casos da Covid-19. Assim como nesta quarta, a música levou conforto aos heróis da linha de frente, com mensagens positivas e de esperança. Isso marcou e motivou os músicos que decidiram retornar com um novo repertório.
“Sabemos que existe um trabalho de musicoterapia que alivia o sofrimento e ajuda no tratamento das pessoas com a saúde debilitada. Essa é uma inspiração para retornar ao hospital e, através da música, oferecer conforto, alegria e esperança as pessoas que estão com um parente internado, os pacientes e funcionários que estão atuando na linha de frente” revela o diretor musical da orquestra, Sandro Augusto Teixeira.
A dona de casa Shirley dos Santos, de 43 anos, aguardava próximo à emergência a alta do filho que sofreu um acidente de trânsito e passou por atendimento. Quando ouviu as músicas, decidiu acompanhar de perto e ficou emocionada e satisfeita com o resultado.
“Me senti acolhida e abraçada. É como se o ritmo e a música me dissessem que vai ficar tudo bem. É importante essa iniciativa do grupo e a permissão do hospital. Certamente fez bem para mim e para diversas pessoas”, conta.
Já o pedreiro Sebastião Vilhela, de 49 anos, acompanhou a apresentação até o final. Ele cantou, vibrou e até mesmo se emocionou.
“Passo por um momento de saúde na família muito difícil. Essa apresentação é como um apoio, um abraço através dessa linda canção”, explica.