Quando foi comunicado o cancelamento do carnaval de rua no Rio de Janeiro por causa da pandemia de Covid-19, muita gente entendeu que estava incluso os desfiles da Sapucaí, mas não é bem assim.
Ontem, o prefeito Eduardo Paes disse que “não será possível” promover o carnaval de 2022 nos moldes tradicionais: “Acabei de ter uma reunião com o pessoal dos blocos de rua. (…) Infelizmente, e eu falo como prefeito que gosta do carnaval e como cidadão, isso não será possível (os desfiles)”. Mesmo antes da reunião, dois grandes blocos já haviam anunciado que não desfilariam: o bloco da Preta, da cantora Preta Gil, e a Banda de Ipanema.
Os patrocinadores estão pressionando o governo para a definição do caso.
E na Sapucaí, como fica?
O desfile das escolas de samba por enquanto está mantido, sob o argumento de que será possível controlar a entrada no sambódromo da Marquês de Sapucaí. O prefeito lembrou que o carnaval no Rio de Janeiro tem três manifestações principais: os bailes, os desfiles no Sambódromo e os blocos de rua. Nos dois primeiros é possível estabelecer um controle, enquanto no terceiro fica praticamente inviável.
– Nós vamos estabelecer os protocolos do carnaval na Sapucaí, que está confirmado. Lá, podemos estabelecer controles efetivos. De certa maneira, isso também vale para as festas em espaço fechado, é possível fazer um controle. O carnaval de rua, pela sua própria natureza e aspecto democrático, gera a impossibilidade de exercer qualquer tipo de fiscalização – afirmou o prefeito.