Devido às fortes chuvas que atingiram Belford Roxo, o Departamento de Controle de Vetores e Zoonoses da Secretaria de Saúde realizou nesta terça-feira (12-04) um mutirão nos bairros de Heliópolis e Xavantes com os Agentes de Combate às Endemias (ACE). A ação foi pensada como um bloqueio do mosquito Aedes Aegypti e os vários focos, sendo consequência do acontecido. Além disso, os agentes distribuíram panfletos sobre a leptospirose, vindos do Governo do Estado do Rio de Janeiro e distribuição de hipoclorito de sódio para o tratamento da água potável e limpeza das casas.
De acordo com o subsecretário de Saúde, Brayan Lima, são mais de 200 agentes nas ruas realizando esse trabalho que vai continuar nos bairros Heliópolis, Xavantes, São Francisco, Recantus, Babi e Itaipu durante a semana. “Essa ação de conscientização com relação às doenças que se acentuam após o período de enchentes é fundamental. Estamos atentos a tal situação e não vamos descansar, pois se trata de saúde pública e vidas”, afirmou Brayan.
Moradora aprova
O entomologista, responsável pelo Laboratório de Entomologia, Wagner Nogueira, coordenou a equipe de Heliópolis e o diretor de Controle de Vetores, Mauro Sérgio, ficou responsável pelo Xavantes. “O objetivo da ação é em resposta dentro do vigidesastres (é um programa sob a responsabilidade da Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental, do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde)., uma vez que depois de acontecimentos com as chuvas o primeiro momento é com a Defesa Civil, depois o pessoal da limpeza e entramos no terceiro momento com ações de saúde. É um bate-papo com a população para falar sobre as doenças que podem ser desenvolvidas, como usar o hipoclorito, os animais que vêm com as chuvas e a contaminação da água. Então o trabalho é de orientar, fazer a prevenção e o enfrentamento das arboviroses”, explicou Wagner.
Moradora de Heliópolis, Patrícia do Nascimento Araújo, 44 anos, aprovou a ação. “Eles vieram em minha casa desde o primeiro dia pós enchentes para passar orientações de como lavar utensílios, descartar o que não pode ser utilizado, a água contaminada e outras coisas. Tem pessoas que ainda não tem consciência da gravidade das doenças que se agravam com essa tragédia, por isso o trabalho é necessário. E até antes do acontecido eles sempre fazem o trabalho de prevenção de casa em casa”, disse Patrícia.