Investir e apoiar a formação de mais profissionais na região da Baixada Fluminense é um dos grandes objetivos do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), reconhecido pelos ministérios da Saúde e da Educação como um hospital de ensino. Uma das ferramentas utilizadas para estimular a aprendizagem é o “clube da revista”, uma atividade extracurricular que reúne, a cada 15 dias, médicos residentes e estudantes de medicina para discutir e debater artigos científicos publicados em grandes periódicos.
“É uma importante ferramenta que contribui muito para o crescimento educacional dos médicos residentes. Eles são estimulados a fazer pesquisas e publicações em grandes revistas científicas. Isso é bom para o histórico curricular desse residente e também para o paciente com artigos teóricos que podem ajudar no tratamento da doença”, destaca o diretor-geral do HGNI, Joé Sestello.
O “Clube da Revista” é uma ferramenta adotada por hospitais de todo o mundo. A troca de informações entre os médicos é o ponto alto deste debate. Com a quantidade de pacientes que o HGNI recebe mensalmente, os médicos residentes acabam tendo contato com inúmeros casos clínicos ou cirúrgicos diferentes que podem render publicações científicas importantes para criação de pesquisas e tratamentos.
“O residente recebe um artigo para fazer uma síntese e apresentar aos seus colegas a cada 15 dias. Depois fazemos uma avaliação sobre esse trabalho, sempre mantendo o diálogo e a troca de experiências com o objetivo de estimular ao residente, ao médico e ao estudante, a busca do conhecimento por meio da leitura e da escrita”, explica o médico coordenador do “clube da revista” e do Centro de Estudos do HGNI, Carlos Henrique Melo.
Para a médica Isabelle Rosisca, de 28 anos, que está no último ano da especialização em Clínica Médica, o “clube da revista” traz benefícios para a formação médica.
“No clube de revista, quando você entra para uma formação, tem que buscar o conhecimento de forma ativa. A maneira de buscar isso, hoje, no meio da medicina é com o estudo científico. Coisas que outros colegas estão relatando, trazendo benefícios teóricos e práticos”, conta ela.
Sua colega de trabalho, a médica Natália Torquato, de 28 anos, que também está concluindo especialização em Clínica Médica, fala que estes encontros tem ajudado na sua rotina dentro do HGNI.
“É importante, porque a gente acaba aprendendo com a teoria discutindo os casos com embasamento que utilizamos na hora da prática, quando atendemos os pacientes das enfermarias” conclui.