Policiais civis da 50ª DP (Itaguaí) deflagram, nesta quarta-feira (27/04), uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra uma mulher, de 41 anos, acusada de ter realizado procedimento estético que resultou na morte da paciente, de 26 anos. A filha dela, de 25 anos, também é alvo da operação. Uma pessoa já foi presa.
O caso aconteceu em julho de 2021, quando a vítima procurou a clínica da autora, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para aumento de volume das nádegas. Na ocasião, a proprietária do estabelecimento, com auxílio da filha, aplicou 500ml da substância química metacril em cada nádega da vítima, que pagou R$ 2.500 à vista pelo serviço. Após o procedimento, ela teve complicações de saúde decorrentes da intervenção e procurou novamente a clínica a fim de comunicar o fato e tentar solucionar o problema.
A dona do espaço, que no momento da transação comercial do procedimento se apresentou como enfermeira, passou, então, a prescrever remédios, como analgésicos e anti-inflamatórios, além de métodos de tratamento de lesões. Em uma das conversas, a vítima, inclusive, solicitou o retorno de parte do valor pago para que pudesse se tratar com um médico, sendo negado pela autora que respondeu: “não vamos falar em dinheiro, o importante é sua saúde eu tô contigo” (sic).
Com a piora do quadro clínico, a vítima foi internada no Hospital São Francisco Xavier, em Itaguaí, e morreu no dia 20 de julho do ano passado. O laudo cadavérico constatou tromboembolia pulmonar, septicemia e síndrome inflamatória sistêmica decorrente da aplicação do metacril.
De acordo com as investigações, a autora não possui certificação do Conselho Regional de Enfermagem ou formação acadêmica na área. Ela vai responder, ainda, por exercício ilegal da medicina. A filha dela também é alvo de mandado de busca e apreensão na operação desta quarta-feira.