O ex-ministro da educação Milton Ribeiro e também dois pastores viraram alvos da Polícia Federal, que realiza na manhã desta quarta-feira (22/6) a operação “Acesso Pago”. Segundo a PF, eles sãos suspeitos de montar um gabinete paralelo para liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), dentro do MEC.
Além do ex-ministro, os mandados de prisão são contra os líderes religiosos Gilmar Santos e Arilton Moura. Há suspeita de cobrança de propina.
O ex-ministro foi localizado e preso preventivamente em Santos, no litoral de São Paulo. Contra ele, são citados os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. Milton Ribeiro será levado para a Superintendência da Polícia federal em Brasília. A audiência de custódia está marcada para a tarde de hoje.
Os mandados de prisão (quatro ao todo) foram autorizados pelo juiz federal Renato Borello, da 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. O magistrado também autorizou o cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão. As equipes da PF atuam em São Paulo, Goiás, Pará e Distrito Federal.
A investigação, com base em documentos, depoimentos e relatório final da investigação preliminar sumária, teve autorização do Supremo Tribunal federal (STF) porque um dos alvos da operação tem foro privilegiado. O inquérito foi aberto após uma reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” denunciar que dentro do Ministério da Educação, sob a gestão de Milton Ribeiro, mantinha um “gabinete paralelo” controlado por pastores.
A defesa do ex-ministro da Educação ainda não se pronunciou sobre a prisão dele.