A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro, por meio da 61ª DP (Xerém) e da 105ª DP (Petrópolis), e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público realizam, nesta quarta-feira (03/08), a 3ª fase da "Operação Resina". A ação tem como objetivo cumprir sete mandados de prisão preventiva contra integrantes de uma organização criminosa especializada em furto de cargas de caminhões. Até o momento, cinco pessoas foram presas.
Durante a operação também serão cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos empresários, proprietários de caminhões, motoristas e intermediários na capital do Rio de Janeiro; em Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Mesquita, na Baixada Fluminense; Piraí, no Sul Fluminense, além das cidades paulistas de Piracicaba, Ribeirão Pires, Guarulhos e São Paulo. Os agentes também cumprirão mandados de busca e apreensão de 12 caminhões utilizados pela organização criminosa para os furtos das cargas.
As informações sobre a operação serão apresentadas, nesta quarta-feira (03/08), às 11 horas, durante coletiva de imprensa na Cidade da Polícia pela titular da 61ª DP (Xerém), delegada Juliana Emerique; pelo titular da 105ª DP, delegado João Valentim, e por representantes do MP.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA CRIMINOSO
De acordo com as investigações, os acusados furtavam caminhões carregados de aço, ferro e resina. Após o furto, os criminosos se organizavam para distribuir a carga, por meio de receptação qualificada e corrupção ativa e passiva. No total, mais de R$ 1,160 milhão em materiais foram furtados pela quadrilha.
Os agentes também verificaram que depois dos furtos eram feitos falsos registros de ocorrência em delegacias distantes do local do suposto roubo. Dois policiais civis do estado de São Paulo auxiliaram na confecção dos falsos registros e já tiveram o afastamento determinado pela Justiça.
A investigação comprovou a participação de 21 pessoas, que se associaram a funcionários de transportadoras, em geral motoristas de caminhões. Eles tinham a confiança de seus empregadores, recebiam as mercadorias e, uma vez em posso dos materiais, entregavam a carga aos demais integrantes do grupo.
Do total de 21 denunciados, sete tiveram a prisão preventiva decretada, sendo quatro empresários, que agiam como intermediários e, por vezes, receptadores, pois disponibilizavam local para o armazenamento das cargas furtadas até o seu destino, seja repassando para um receptador final ou vendendo para um comerciante de boa-fé.
Outros três alvos dos mandados de prisão eram proprietários de caminhões, que utilizavam os veículos para subtrair as cargas. Eles também eram responsáveis pelo recrutamento de motoristas para o esquema criminoso e pelo contato com os intermediários dos receptadores.