Fotos: Reprodução/TV Globo/Carlito Chagas |
A história de Cleiton de Carvalho, mostra a realidade de quem vive em meio ao tiroteio na violência sofrida quase que diário no Rio de Janeiro.
O rapaz de 25 nos saiu de seu estado, no Ceará, na tentativa de conseguir emprego, mas acabou se vendo diante de um tiroteio na comunidade do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. As informações são do RJTV, da Globo.
Antes de ir para a Região Metropolitana do Rio, ele chegou a trabalhar em Governador Valadares (MG) e em Tanguá, mas tomou a decisão de buscar uma oportunidade melhor numa oficina em Belford Roxo. Eram meados de agosto.
Já no município, no terceiro dia ao chegar no Complexo do Castelar, sem conhecer o local, se viu numa troca de tiros entre criminosos e a PM. Segundo a Polícia militar, as armas dos agentes foram recolhidas.
O local é a mesma região, onde as três crianças desapareceram e a polícia civil constatou que os meninos foram mortos por ondem do tráfico local.
Voltando a falar do Cearense, internado, Cleiton ficou por 17 dias no Hospital Adão Pereira Nunes, onde conseguiu alta médica nesta semana, mas saiu da unidade, numa cadeira de rodas.
“Eu fui em busca de uma oficina. Quando eu desci a rua, começou o tiroteio. Escutei uma voz atrás de mim: ‘Perdeu!’ Tinha um homem de preto encapuzado que atirou em mim, e eu caí”, contou ele.
Cleiton foi acolhido pela ONG Ores, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade e juntou recursos para o pintor voltar para casa. A viagem, de estrada, começou nesta quinta-feira (8).
“Enquanto há vida, há esperança. Não é porque eu estou paraplégico que eu vou parar de viver, parar de sonhar, desistir da minha vida. Sempre existe uma maneira, sempre existe um jeito”, disse.