Sem se importarem com tempo e a hora da saída, os alunos da Escola Municipal Darcílio Ayres Raunheitti, no bairro Nova Belém, ficaram mesmo focados na aula dinâmica do Sargento Marcos, do Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD), em mais uma terça-feira de animação e aprendizado.
Nos encontros são abordados assuntos relacionados ao combate às drogas, valores éticos, bullying e violência, além dos direitos e deveres do cidadão. Toda linguagem da apostila é adaptada de acordo com a faixa etária das crianças.
O PROERD acontece nas unidades escolares pela parceria entre a Prefeitura Municipal de Japeri, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), e a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ). Estão sendo atendidos um total de 306 alunos, sendo 113 na E.M Aristides Arruda, 109 na E.M Darcílio Ayres Raunheitti e 84 na E.M Frei Maurício Vianna. As aulas são para os alunos do primeiro e quinto anos.
Os estudantes fazem exercícios na apostila que é distribuída pelo Programa. Nas aulas, refletem sobre o uso precoce da bebida alcoólica, dos males do cigarro, da importância da atividade física, da organização na divisão das tarefas diárias e outros assuntos relevantes na formação do caráter dos jovens e crianças.
Os alunos dissertam sobre o que aprendem ao final de cada aula e no último mês do ano, ganham uma formatura com a presença dos gestores escolares, familiares e da equipe do PROERD. Sophia Gabriella, 11 anos, é uma das candidatas a vestir a beca em dezembro.
Ela está no quinto ano e diz que aprendeu a não colar nas provas. Acrescenta ainda que também que não é justo deixar o coleguinha de classe copiar o seu trabalho. “Aprendemos a organizar os nossos horários para os deveres e o lazer, também aprendemos a respeitar os nossos pais. Eu amo as aulas!”, diz a aluna.
As crianças dos anos iniciais aprendem tudo de maneira lúdica. Não aceitar caronas de pessoas estranhas e os perigos de acidentes que podem ocorrer nas brincadeiras estão entre as instruções. Os pequenos também são orientados a identificar as plaquinhas de trânsito nos desenhos e cartazes.
O Sargento Marcos considera cada aula única e importante na formação pessoal das crianças. O militar relata sempre iniciar as aulas respondendo uma caixa de perguntas feitas pelos aluninhos e às vezes se depara com perguntas como: “O que é uma droga?” ou “O que um policial faz?”. Ele acrescenta que a PMERJ, a Escola e a família trabalham em conjunto para dialogar com esses alunos que carecem de orientação.
“É importante fazer com que eles reflitam sobre as consequências negativas das drogas. Eles chegam em casa contando sobre o que aprenderam e trazem as situações cotidianas para a sala de aula também. Com isso, estreitamos um diálogo entre a escola e a família”, explica o militar.
A professora Pliscila Farias, conta que os alunos melhoraram muito depois das aulas de ética. ”É incrível ver a interação das crianças com os orientadores, principalmente, quando respondem sobre o que devem e o que não devem fazer. Todos saem mais conscientes”, relata a professora.