Sapo de Camará e Complexo da Coreia – duas equipes da Zona Oeste do Rio - decidiram a Taça das Favela no futebol feminino. O primeiro time sagrou-se campeão no estádio Moça Bonita, em Bangu. Mas no campo havia uma pessoa que mora a 30 km de distância dali e foi peça fundamental para que o jogo fluísse com tranquilidade: a árbitra Luciana Mafra.
Formada em educação física há 10 anos e professora da Escola Municipal Sargento Euclides Alves de Araújo, no bairro Areia Branca, em Belford Roxo, Luciana há um ano e meio faz parte do quadro de arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. Ela foi escolhida para apitar a final feminina e teve uma boa atuação. “Soube uma semana antes da partida que eu apitaria a final. Fiquei muito feliz e procurei cumprir bem o meu papel”, resumiu Luciana Mafra, que juntamente com Beatriz Dantas (que não está atuando nesta temporada) são as duas árbitras de Belford Roxo na Federação.
Apesar de todas as dificuldades, segundo Luciana, o futebol feminino está crescendo em todos os cantos do Brasil. Ela afirma com toda certeza que apitar partida do futebol feminino é mais complicado que as do masculino. “Mulher fala demais”, resumiu, acrescentando que para ser árbitra de futebol requer muita determinação e treinamento. “Aconselho para que as mulheres não desistam, mas trabalhem mais a parte física, pois é muito importante um bom preparo nas partidas”, arrematou Luciana Mafra, que é professora da rede municipal há 8 anos e mora em Belford Roxo
O secretário municipal de Educação, Denis Macedo, destacou a performance de Luciana Mafra na Taça das Favelas. Ele acentuou que atuação da professora foi importante para mostrar também a força da mulher. “O futebol feminino está crescendo. Ficamos felizes em saber que uma professora da rede municipal apitou a final da Taça das favelas”, finalizou.