O Rio perde uma grande aliada. Suzana Naspolini lutava pelos mais pobres, pela periferia, pelos cariocas. Ela era a aliada do povo e cobrava os gestores públicos para que fizessem o seu papel e trabalhassem. Sua trajetória é linda e sua luta admirável. Vá em paz, guerreira!
Ela vinha lutando contra um câncer na bacia, mas não resistiu e morreu nesta terça-feira, aos 49 anos. A comunicadora foi casada Maurício Torres, que era apresentador e narrador esportivo. o marido foi um dos reesposáveis para a ida de Naspolinni para o retorno para a Globo, que antes passou pelo Sbt.
Com uma família linda, a josnalista teve uma filha, a Júlia, mas
Em maio de 2014, a jornalista sofreu a perda do marido, que morreu aos 43 anos de falência múltipla de órgãos decorrente de quadro infeccioso. Juntos, os dois tiveram uma filha, Julia, que hoje tem16 anos.
A repórter da Globo estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Na sexta-feira, 21 de outubro, a filha da jornalista fez um apelo no perfil da mãe no Instagram pedindo orações, contando que o estado de saúde de Susana era gravíssimo.
"Acabei de conversar com o médico dela. Ele disse que o estado dela é muito, muito grave, gravíssimo. Ela estava com metástase no osso da bacia, tinha se espalhado pela medula óssea desde julho, então ela vem com uma quimioterapia mais forte, que foi o que a fez perder o cabelo. O câncer se espalhou por vários outros órgãos, o fígado está muito comprometido, eles dizem que não sabem mais o que fazer, se tem algo a mais para fazer. O estado dela é muito grave e eu não sei o que fazer. A única coisa que eu consigo pensar em fazer é pedir orações para você", falou a jovem.
Susana e Maurício se conheceram em 2001 e logo se apaixonaram. Foi por conta do marido que a jornalista voltou à TV Globo, após ter saído de afiliadas da emissora em 2002. Foi o narrador quem a indicou para cobrir uma licença, como repórter, na GloboNews, função na qual ela permaneceu até 2004.
Depois de dois anos nessa experiência, Susana passou seis meses no Canal Futura. Dali, seguiu para uma assessoria de imprensa, até receber um convite do então chefe de produção da Editoria Rio da Globo, Juarez Passos.
No jornal local do Rio da TV Globo, o "RJTV", Susana fez história no quadro de jornalismo comunitário "RJ Móvel", o qual começou a comandar em 2008. Lá, ela se popularizou pela abordagem na denúncia dos problemas locais em bairros da Região Metropolitana do Rio, sempre com bom humor.
O improviso foi acrescido de bom-humor. Se reclamavam que não dava para andar em uma rua esburacada, inundada, ou numa ponte que está prestes a cair, Susana Naspolini fazia testes ao vivo para reforçar a denúncia. Andar de bicicleta, entrar em barcos, contornar crateras, pular poças de esgoto... Nada disso era programado, tudo surgia na hora. Susana queria estar onde as pessoas estavam.
Natural de Santa Catarina, mas carioca de coração
Natural de Criciúma, Santa Catarina, Susana Dal Farra Naspolini Torres nasceu no dia 20 de dezembro de 1972. Filha da professora Maria Dal Farra Naspolini e de Fúlvio Naspolini, sócio de uma transportadora de cargas, Susana sempre sonhou ser repórter e passou para Comunicação Social na Universidade Federal de Santa Catarina.
Um ano depois, em 1991, Susana se mudou para o Rio de Janeiro, onde havia conseguido uma vaga no curso de teatro do Tablado. Poucas semanas depois, a vida a surpreendeu pela primeira vez. Ela tinha apenas 18 anos quando descobriu que estava com um câncer nas células do sistema linfático, um linfoma de Hodgkin. Susana fez o tratamento da doença em São Paulo.
De volta a Florianópolis, em 1992, retomou o curso de Jornalismo. Aos 19 anos, começou a trabalhar como repórter do SBT. Em 1994, foi convidada pela RBS para apresentar o "Bom Dia, Santa Catarina" em Criciúma, onde a afiliada da Globo abria uma nova sede.
Alguns anos depois, foi transferida para Joinville, onde se tornou editora-chefe e apresentadora do jornal local. Foram dois anos até se tornar repórter da TV Vanguarda, afiliada da Globo em São José dos Campos, onde passou apenas dez meses.
Em 2002, Susana pediu demissão e se mudou para o Rio de Janeiro, cidade que a abraçou e onde fez história no jornalismo local da Globo