Fotos: Renan Ferro/Rodolpho Lucena |
O último domingo, dia 13 de novembro, ficou marcado pela 12ª Parada da Diversidade de Mesquita. A atividade teve início às 14h e ficou concentrada em Juscelino, começando na Estrada Feliciano Sodré, na altura da Rua Recife, e terminando no Mesquita Futebol Clube. No espaço, aconteceram diversas atrações especiais. O evento foi organizado pela ong Aganim (Associação de Gays e Amigos de Nova Iguaçu e Mesquita) e apoiado pela Coordenadoria de Diversidade Sexual de Mesquita, um dos braços da Subsecretaria Municipal de Assistência Social.
Com o tema “Todos contra a LGBTfobia. Defendam a Diversidade”, o objetivo foi chamar a atenção dos munícipes para a temática e gerar a reflexão sobre o respeito ao próximo. “Infelizmente, vemos, hoje, vários casos nos noticiários sobre preconceito, violência e até mesmo morte envolvendo pessoas LGBTQIAPN+. Isso me deixa muito triste. O que precisamos fazer é mostrar a nossa insatisfação e unir forças para tentar mudar essa realidade”, destaca Palinha Única, representante da Secretaria Municipal de Governança na Diversidade Sexual de Mesquita.
A ocasião teve a participação de vários artistas, como o grupo musical Papo de Crioulo e a DJ Cindy, as drags Suzy Brasil e Sthefannye e os cantores MC Serginho e Garota X, além do humorista Miguel Bonfim. Visando a saúde da população, a parada também contou com a distribuição de preservativos masculinos e femininos, além da realização de testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites dos tipos B e C, em parceria com o Grupo Pela Vidda.
Evento com segurança
Para que o evento acontecesse, foram necessárias várias reuniões de planejamento. A proposta era celebrar a diversidade, mas com organização e segurança. A iniciativa teve apoio da Guarda Civil Municipal, da Subsecretaria de Transporte e Trânsito, da Polícia Civil e da Polícia Militar. Vale lembrar que a festividade esteve paralisada em Mesquita nos últimos anos, devido à pandemia de covid-19.
“Uma das preocupações da Assistência Social de Mesquita é com a diversidade. Por isso, apostamos sempre nos diálogos e políticas para o público em questão. Nesse evento, pensamos bastante em como garantir a segurança, até porque o movimento é algo sério e requer muita responsabilidade”, comenta Nara Cristina Lucena, subsecretária municipal de Assistência Social de Mesquita.
Uma das pessoas que marcou presença na parada foi Stephanie Caroline, de 29 anos. O que a motivou foi a luta pelos direitos sociais. “Eu sou pansexual e quero ser reconhecida na sociedade. Nós merecemos respeito e também temos o direito de sair com o namorado e de adotar uma criança, por exemplo. Isso independe de opção sexual e de gênero”, comenta.
Suporte
No município, as vítimas de qualquer tipo de desrespeito ou agressão em função de orientação sexual ou identidade de gênero podem recorrer à Coordenadoria da Diversidade Sexual. A equipe fica em Edson Passos, na sede da Subsecretaria Municipal de Assistência Social. O endereço é Avenida Marechal Castelo Branco 122 e o funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.