Dona de uma rica biodiversidade e beleza única no mundo, a Baía de Guanabara hoje vive um processo de recuperação. Essa jornada rumo a um ecossistema saudável fará parte da instalação interativa “Baía em Movimento”, que será inaugurada no Museu do Amanhã, nesta sexta-feira (16/12). A nova exposição promove uma viagem pela vida marinha local e reflexões sobre os desafios a serem superados nos próximos anos, como o despejo de esgoto e lixo.
Patrocinada pela Águas do Rio e pelo Instituto Aegea, por meio da Lei Rouanet, do Ministério do Turismo, a instalação marca o início das comemorações do aniversário do Museu do Amanhã, que completa sete anos no dia 17 de dezembro.
Em um videowall serão transmitidas imagens subaquáticas da pulsante vida marinha da baía, com tartarugas, peixes e arraias. Por meio de uma maquete com sua bacia hidrográfica, também será possível conferir o relevo e suas ondulações, a malha de rios que desaguam ali, sua vegetação original e áreas urbanizadas. Já em painel interativo, o público terá acesso a depoimentos de especialistas, ativistas, além de fotos de períodos diversos.
“O objetivo é conscientizar o público que, bem ali, em frente ao museu, há uma enormidade de vida que precisa ser protegida. A instalação trata do papel de cada um na conservação do meio ambiente e desse patrimônio ambiental, que há décadas sofre um processo de degradação acelerado. Estamos começando a cumprir o nosso papel de coletar e tratar o esgoto da maior parte dos municípios do entorno dela. Mas o que cada um pode fazer para que a Baía de Guanabara prospere? Essa é a reflexão que queremos gerar nos visitantes”, afirma o presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini.
O biólogo marinho e documentarista especializado na Baía de Guanabara, Ricardo Gomes, é o responsável pelas imagens que compõem a exposição interativa. Seu acervo acumula mais de 30 anos de filmagens exclusivas, como a descoberta do polvo pigmeu do Atlântico - que fez morada em uma latinha de refrigerante - e de espécies de corais de água turva, antes encontradas apenas em Pernambuco.
“As dores e belezas dessas imagens têm o objetivo de sensibilizar a população, despertando o sentimento de pertencimento à baía, transferindo nosso sonho de recuperá-la em uma experiência e esperança coletivas. Faremos isso tocando o coração das pessoas, mostrando a imagem de uma tartaruga verde, das raias embaixo das barcas da Praça XV, e, claro, do impacto do homem no meio ambiente. Esse projeto dá destaque para a seguinte premissa: temos mais chances de ver mudanças quando trabalhamos juntos”, conta o biólogo.
Para Bruna Baffa, Diretora Geral do Museu do Amanhã, temas fundamentais para a construção de um futuro melhor, como a preservação da Baía de Guanabara, são prioritários para a curadoria da instituição. "A sustentabilidade é um dos pilares do nosso pensamento e de nossas ações, ao lado da convivência e da inovação. Estamos super felizes de podermos celebrar o nosso sétimo aniversário com o Baía em Movimento, uma instalação que busca sensibilizar o público para os desafios e riquezas da baía”, destacou.
Contribuição direta da Águas do Rio
Nos próximos cinco anos, a concessionária irá investir R$ 2,7 bilhões na construção do cinturão de coleta de esgoto nos municípios do entorno da Baía de Guanabara, o que vai proteger e recuperar esse ecossistema. Dentro da área de concessão da empresa, oito cidades fazem parte da bacia da Baía de Guanabara: Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaboraí, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro e São Gonçalo.