Kwanza, o maior rio que nasce e desagua na Angola ...
Se alguém duvida do potencial histórico desse município da Baixada Fluminense, que possui mais de 800 mil habitantes e originou outras seis cidades, emancipadas ao longo do século passado - Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Queimados, Japeri e Mesquita -, certamente não conheceu o professor Ney Alberto Gonçalves de Barros.
Uma área cedida por latifundiários, antes ou depois do “cativeiro”, para servir de moradia para africanos ou afro-descendentes, não pode ser considerado um Quilombo. A formação de um reduto quilombola implica relembrar um conjunto de ações literárias, tais como: revoltas (algumas, com morte de feitore e senhores); fugas; incêndios em senzalas e casas grande; localizações do Quilombo em lugar estratégico, cercado de obstáculos, de preferência , naturais; ataques (confrontos) recebidos por defensores do escravismo (militares ou para militares da Guarda Nacional) etc. Quilombo é conquista. A denominação – “Pedra do Quilombo”- é forte indício da existência de formação quilombola, pertinho de Maxambomba.
No testamento de Luiz Manoel da Cunha (de 1799) aparece o nome “Quanza”, perto de Maxambomba (nome que deve ter vindo, também, com a cultura africana). Para confirmar a existência deste Quilombo temos que procurá-lo, com pesquisas arqueológicas ou documentos anteriores ao ano de 1799. O visitante interessado em conhecer a “varginha” (Cratera do nosso “extinto” Vulcão), a “Pedra do Quilombo” (contenda), a plataforma de lançamento de Asa Delta e outras paisagens maravilhosas, muitos caminhos sobem a esses pontos. O mais conveniente é o que está ligado à Estrada de Madureira’, nas proximidades da UNIG ou um pouco depois dela. o antigo “tatu-Gamela”.
A denominação – “Quanza” – está registrada em um dos Livros da Freguesia de Santo Antonio de Jacutinga (quando esta estava num lugar chamado “Prata”).
Com a questão... futuros pesquisadores.
Quanza, Cauanza, Kaonze, caonze, K-11...
Kwanza, Cauanza, Coanza,
Quanza, Caonze ou K11.
Muitos anos antes da inauguração da Estrada de Ferro que passa em Nova Iguaçu ter sido inaugurada aparece o nome “Quanza”. Luiz Manoel da Cunha, em seu testamento de (1799, 3 de abril), declara: “nesta Freguesia de Sancto Antonio de Jacutinga no lugar chamado Quanza destrito da mesma Freguesia onde sou morador”. Luiz Manoel tinha ligações, diversas, com a “Fazenda de Maxambomba” e com a “Fazenda de Caxueira” (em cujas terras surgiria a Estação ferroviária – “Jeronymo de Mesquita”(1884). Em 1909 (16 de janeiro), num Translado de “escriptura”, está a denominação “Cauanza”. No Registro Geral de Imóveis (Comarca de Iguassú), com data de 12 de agosto de 1929, o citado lugar, com grafia alterada, indica: “no lugar denominado Kaonze”. Em correspondência de 1956, “Caonze”. Em jornais e em Atas da Câmara Municipal, na década de trinta, encontramos “Caonze” e K-11.
Antigos moradores – do Caonze – revelaram que a corruptela K-11 surgiu, pela primeira vez, no letreiro de um microônibus (“perua”), que fazia a ligação da Estação (ferroviária) ao “Larguinho do Caonze” (depois, Praça Marília Barbosa, esposa do Professor Leopoldo Machado Barbosa).
Em Angola (África) corre o Rio Kwuanza (Coanza) e, se não ocorreu mudança no nome, é, também, o nome do dinheiro angolano. Em Angola temos as seguintes regiões: Kwanza Norte e Kwanza Sul.
Na crueldade promovida pelo escravismo, os angolanos relembravam suas origens culturais dando nomes africanos, de acordo com seus linguajares. Francisco Manoel Brandão acreditava que o Rio da “Caxueira” (aquele do Parque Municipal de Nova Iguaçu, na “Gleba Modesto Leal”), recebeu, dos quilombolas, a denominação –“Quanza” -, registrado no referido Testamento.
K-11 é conhecido como "bairro nobre de Nova Iguaçu" por causa dos belos prédios que se tem ali por perto. As luxuosas casas daquela região fazem parte do bairro K-11, como muitos acham, e até moradores de lá se identificam.
É comum a identificação do K-11 como tudo que for do lado sul da linha do trem, porém o K-11 só se estende da passarela do Leopoldo (Rua vereador Helcio Chambarelli) até a fronteira com Mesquita.Os principais pontos de referencia do bairro são os grandes prédios Azul e Amarelo (D. Pedro I e II), a praça central, a antiga secretária de saúde e a caixa d'água que servia para abastecer a cidade.
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