A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio da Delegacia de Repressão às Organizações Criminosas e Inquéritos Especiais (Draco) e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público realizam, nesta sexta-feira (13/01), uma operação contra uma organização criminosa que comercializa terrenos clandestinos em Campo Grande, na Zona Oeste da capital.
A ação tem como objetivo cumprir três mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em endereços ligados à quadrilha. Até o momento, duas pessoas foram presas.
As investigações demonstraram que o grupo mantém ligação com milicianos que atuam na região e construiu, sem qualquer autorização do poder público, quatro condomínios em lotes clandestinos em Campo Grande, totalizando quase R$ 6 milhões em vendas ilegais.
Para erguer os empreendimentos ilegais, a organização praticou crimes ambientais, como a supressão vegetal de área da mata atlântica, corte de encostas, movimentação irregular de solo, terraplanagem e intervenção em Áreas de Preservação Permanente (APPs), soterramento e até represamento de curso hídrico.
De acordo com as investigações, para atrair interessados e compradores, os anúncios dos lotes eram publicados em redes sociais e outras ferramentas de internet. Além disso, a quadrilha contava com a presença de corretores e utilizou duas empresas, que tiveram suas atividades econômicas suspensas, para a realização das obras e dar aparência de legalidade aos empreendimentos.