A imprudência no trânsito tem sido a principal responsável pelo número de atendimentos na emergência do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI). Nos primeiros quatro meses de 2023, foram registrados 1.477 casos de pessoas envolvidas em acidentes, o que representa 12 vítimas diárias. Em comparação ao mesmo período de 2022, que teve 1.570 atendimentos, há uma ligeira queda de cerca de 5%. No ano passado, o HGNI efetuou um total de mais de cinco mil atendimentos aos pacientes acidentados, o maior número de sua história. Deste total, 70% eram condutores de moto.
Para conscientizar a população sobre a importância da segurança no trânsito, o HGNI aderiu ao movimento “Maio Amarelo” e está com a iluminação de sua fachada na cor da campanha. Outra ação é orientar pacientes, acompanhantes e frequentadores sobre medidas de segurança no trânsito ao longo do mês.
“Os acidentes de trânsito geram grande impacto no HGNI. Temos equipes médicas de prontidão e preparadas para cuidar de pacientes em casos inesperados com múltiplas vítimas”, explica o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.
Localizado próximo de rodovias que cortam a Baixada Fluminense, como o Arco Metropolitano, a Via Light e a Via Dutra, o HGNI acaba absorvendo a demanda de acidentados dessa região. Cerca de 70% das vítimas são condutores de moto, que é a principal causa de atendimento no centro de trauma. Na segunda colocação aparecem os pacientes que sofreram colisões de carro (13,8%), seguido por pessoas que foram atropeladas (12,8%). Além dessas ocorrências, a unidade também recebe pessoas envolvidas em acidentes de bicicleta, ônibus, caminhão e outros veículos, que representam, somados, 3,4% do total.
“O HGNI tem um protocolo assistencial que prioriza o atendimento aos pacientes mais graves envolvidos nestes acidentes e também em outros casos que apresentam risco em potencial”, ressalta o diretor-geral do HGNI, Ulisses Melo. “Os acidentes de trânsito podem causar muitos danos ao paciente e geram sequelas grandes ou irreversíveis”.
Nos acidentes com moto, em muitos casos, o paciente estava pilotando o veículo sem utilizar capacete ou outro equipamento de proteção adequado para a ocasião, o que pode resultar em graves problemas de saúde, como traumatismos cranianos e fraturas.
João Victor Fernandes Alves, de 18 anos, é um dos pacientes que está internado no HGNI após um acidente de trânsito. Ele conduzia sua moto até ter sua passagem bloqueada por um carro que trocou de faixa. Com o impacto, caiu e fraturou a perna esquerda, sendo socorrido pelo motorista do veículo e levado para o HGNI no último dia 2 de maio. O motoboy pediu mais atenção no trânsito.
“As pessoas precisam ter cuidado e colocar a mão na consciência. Graças a Deus eu só quebrei a perna, pois do jeito que foi o acidente, poderia ter acontecido algo muito pior”, relata.
Alguns traumas de acidentes de trânsito costumam levar um tempo maior de recuperação, como explica o médico residente de ortopedia e traumatologia Zeno Augusto.
“Para esses pacientes geralmente é feito primeiro uma cirurgia de controle de danos e depois a definitiva. O tempo de recuperação é de, no mínimo, um ano”, conclui.
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