📸 Ricardo Stuckert |
Durante cerimônia de início das obras do Anel Viário de Campo Grande e anúncio de investimentos em mobilidade urbana no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (10/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o Governo Federal vai voltar a investir no estado para garantir condições melhores à população carioca.
“A verdade é que faz anos que não se investe no Rio de Janeiro. Nós vamos fazer investimentos em parceria e financiamento, com dinheiro do Estado, da União, com financiamento do BNDES, Banco do Brasil, Caixa. Para que a gente possa gerar, primeiro, a melhoria na vida das pessoas. Segundo, para gerar emprego. Gerando emprego, gerando um salário adequado, você diminui a violência, diminui o mal-estar, diminui o ódio, e as pessoas vão voltar a ser felizes”, afirmou o chefe do Executivo.
"Aqui vai voltar a ter casa, vai melhorar o transporte público. Nós precisamos criar condições melhores, porque o Rio de Janeiro não é só Copacabana e Ipanema, é também o povo negro e pobre da periferia que precisa ser tratado com respeito"
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
A partir da parceria entre o Governo Federal e a prefeitura da capital fluminense, serão investidos R$ 1,8 bilhão para fomentar a recuperação do Sistema BRT na cidade e R$ 820 milhões para a construção do Anel Viário no bairro de Campo Grande.
"Aqui vai voltar a ter casa, vai melhorar o transporte público. Nós precisamos criar condições melhores, porque o Rio de Janeiro não é só Copacabana e Ipanema, é também o povo negro e pobre da periferia que precisa ser tratado com respeito", destacou Lula.
Para o BRT, os recursos serão voltados para a compra de cerca de 700 ônibus, para a requalificação do corredor Transoeste e a construção de terminais e garagens públicas. Os investimentos foram possíveis a partir de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1,2 bilhão, e com a Caixa Econômica Federal, de R$ 645 milhões. A previsão é que o Sistema BRT opere plenamente em seus quatro corredores com 100% dos ônibus em 2024.
Já o Anel Viário do bairro mais populoso do país, Campo Grande, compreende a construção de um mergulhão sob a Avenida Cesário de Melo, um túnel de 600 metros sob o morro Luiz Bom, além da implementação das rótulas na rua Artur Rios e Estrada da Caroba. As novas rotas vão permitir o escoamento de tráfego na região central, reduzir o tempo de deslocamento e facilitar a circulação. O projeto inclui dois quilômetros de ciclovia.
"Hoje é um dia importante pra região, essa parceria vai trazer, além de tempo na vida das pessoas, transporte digno, serviço público melhor aos brasileiros. O Ministério das Cidades foi recriado e estará sempre à disposição, seja para tratar da questão da mobilidade, do saneamento, ou da habitação", disse o ministro Jader Filho (Cidades).
Dos R$ 820 milhões investidos no Anel Viário de Campo Grande, R$ 702 milhões são provenientes de linha de crédito com o BNDES. "São R$ 702 milhões, tem 24 anos pra pagar, um ano de carência, prestações bem pequenininhas, nas melhores condições que o BNDES podia fazer. O dinheiro do BNDES é do povo, é de Campo Grande, é do Rio de Janeiro, é do Brasil", afirmou o presidente do Banco, Aloizio Mercadante.
MEIO AMBIENTE - Outra intervenção prevista para integrar o Anel Viário é a implantação da nova Floresta da Posse. Uma área verde no coração de Campo Grande, com 950 mil m² – equivalente a mais de 130 campos de futebol. O projeto ainda prevê o plantio de 240 mil árvores e recuperação dos mananciais, além de proteção da fauna e da flora nativas.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, pontuou que está olhando para a construção do futuro no estado. "Aqui ninguém quer voltar a ser o que já foi, a gente quer olhar pra frente. Com o financiamento, a prefeitura pode comprar ônibus novos, recuperar o sistema e devolver dignidade para toda a população, especialmente da Zona Oeste. A partir desse momento, vamos permitir que o trabalhador siga com mais conforto e rapidez até seu destino", disse.