Em Belford Roxo, um dos municípios atingidos pelas fortes chuvas no último final de semana, moradores ainda se recuperavam da última enchente, em 2022, quando mais uma vez, tiveram as casas e os estabelecimentos comerciais invadidos pela água e pela lama.
Pelas ruas ainda cheias de barro, pedaços de móveis, colchões e utensílios domésticos estão amontoados e sendo retirados pela prefeitura. Pessoas fazem filas para conseguir se cadastrar nos programas do governo e receber auxílios.
Para piorar a situação, o governador Cláudio Castro ignorou a cidade e somente homologou nesta sexta-feira (19) a situação de emergência declarada apenas para seis cidades prejudicadas pelas fortes chuvas, tirando B.Roxo.
A publicação destaca somente as cidades de Nova Iguaçu, Nilópolis, Mesquita, Duque de Caxias e São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A medida foi publicada em Diário Oficial e ignorou a tragédia vivida pelos Belforroxenses.
O motivo disso tudo seria briga política. Conforme o executivo, Belford Roxo foi uma das primeiras cidades a montar um relatório sobre o problema que os moradores estavam passando, diante da tragédia causada pelas chuvas, mas pelo visto, Castro preferiu fingir que não viu.
No dia 14 de janeiro, 2024, a prefeitura já havia decretado e publicado no Diário Oficial, sobre a emergência na cidade.
A nossa equipe de reportagem procurou o governador pedindo um relatório, de que foi feito no município, mas até a publicação desta reportagem, Castro e sua assessoria, se mantiveram em silencio. A reportagem também está tentando contato com o Ministério Público-MPRJ, para entender sobre o caso.