A situação da violência em Costa Barros e Cordovil, na Zona Norte do Rio, fez a SuperVia perder 45 mil passageiros no mês passado, em uma comparação do mesmo período com junho deste ano. A perda financeira estimada é de quase R$ 320 mil. Somente em julho, a concessionária ainda realizou um total de 6.669 ressarcimentos, em que 3.291 ocorreram apenas no dia 22/07, quando o ramal Saracuruna teve uma circulação parcial.
Em três ocasiões (dia 6, em Costa Barros, e dias 19 e 20, em Cordovil), tiros atingiram e danificaram a rede aérea nessas localidades, exigindo da concessionária um esforço para manter a operação dos trens: seja com intervalos maiores, com troca de composição em estações ou mantendo apenas viagens no itinerário com maior fluxo de passageiros. Tudo isso para que a equipe de manutenção realizasse os reparos necessários e o serviço dos trens não fosse paralisado completamente.
As equipes ainda precisaram de um tempo de trabalho maior porque a SuperVia só enviou os profissionais quando a situação de segurança foi normalizada. Em Cordovil, por exemplo, foram pelo menos quatro dias com tiroteios.
Tiroteios
De janeiro a julho deste ano, a SuperVia registrou 14 interrupções no serviço por conta de tiroteios, sendo nove interrupções no ramal Saracuruna (cinco vezes por ocorrência externa em Cordovil, três em Vigário Geral e uma em Triagem) e cinco no ramal Belford Roxo (três vezes no Jacarezinho e duas em Costa Barros).
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