Um sinal vermelho foi aceso, não só no legislativo da Baixada Fluminense, mas também no Ministério Público do Rio de Janeiro. No último mês da administração, faltando 15 dias para deixar o cargo de prefeito em Belford Roxo, Wagner Carneiro, o Waguinho (Republicanos), determinou um contrato emergencial - sem necessidade de licitação - com uma empresa de coleta de resíduos pelo valor de R$ 52 milhões.
Embora tenha uma licitação em andamento para a coleta de resíduos, agendada para o dia 22 de janeiro, a administração municipal da cidade da Região Metropolitana do Rio, através da Secretaria de Serviços Públicos, aprovou a dispensa de licitação para uma nova contratação no último dia 5 de dezembro.
Waguinho é acusado por vereadores e moradores de tentar deteriorar a cidade antes de entregá-la ao sucessor, Márcio Canella. O presidente da Camara Municipal, Markinho Gandra, acusa firmemente a administração atual, que está esvaziando escolas e até unidades de saúde, deixando a população na mão em pleno final de ano. "Ele [Waguinho] está fazendo isso no apagar das luzes", lamentou o legislador.
A equipe de reportagem procurou a prefeitura de Belford Roxo para solicitar uma posição, porém não obteve retorno até o fechamento desta matéria.