Atualmente, quase todas as marcas de café de torra escura disponíveis em supermercados do Rio de Janeiro e boa parte do Brasil, aumentaram absurdamente. Nas últimas semanas, foi um salto de R$21 para R$ 29 e em alta acentuada, chegou a R$35 reais.
Sem dúvida é um produto, que mesmo no calor, se faz presente diariamente nos lares, mas se prepare, pois a tendência é que os preços aumentem ainda mais. Desde maio do ano anterior, influenciado por condições climáticas e pela alta nos mercados internacionais, o café deve continuar sua trajetória ascendente de preços nos próximos dois meses, conforme as previsões da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
O café ocupa a posição de principal responsável pelo crescimento dos preços dos itens da cesta básica, registrando um aumento de 37,4% em 2024 em comparação ao ano anterior, superando significativamente o aumento do óleo de soja (+26,6%), do arroz (+18,4%) e do leite (+18,4%), de acordo com informações do Instituto de Economia Agrícola (IEA).
Conforme declarou Pavel Cardoso, presidente da Abic, os preços continuarão a subir, uma vez que a indústria ainda não transferiu para o consumidor a totalidade do aumento dos custos da aquisição de café, que cresceu 116,7% em 2024 em comparação ao ano anterior.
A Abic espera que, no segundo semestre, o valor para o consumidor comece a diminuir.
Por que o custo do café aumentou tanto e continuará alto?
A produção sofreu uma diminuição devido a condições climáticas adversas, como geadas e períodos de seca, que também afetaram a produtividade das plantações, resultando em uma colheita inferior ao esperado.
Houve um crescimento no consumo mundial de café, o que resultou em uma diminuição da disponibilidade interna. A China, por sua vez, saltou de 20ª para 6ª posição entre os principais consumidores globais em 2023.
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