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HPV e câncer de pênis: como se proteger durante o Carnaval e ao longo do ano

sábado, março 01, 2025

/ by Jornal Destaque Baixada
Foto: Quaresma/ Arquivo Jornal Destaque Baixada

Junto com a festa, cresce a necessidade de reforçar a prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), especialmente o papilomavírus humano (HPV), um dos principais fatores de risco para o câncer de pênis e de colo de útero. O alerta é feito pela Oncoclínicas&Co, maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) junto ao Ministério da Saúde, entre 2015 e setembro de 2024, mais de 22,2 mil internações foram registradas no Brasil devido ao câncer de pênis. Em Minas Gerais, o número chega a 2.777 internações, representando aproximadamente 12,5% de todos os casos no país, sendo o segundo estado com mais registros. Além disso, nos últimos 10 anos, o Brasil contabilizou mais de 5,8 mil amputações do órgão, uma média de 585 por ano, das quais 861 ocorreram no estado.

"O Carnaval é uma época de celebração e diversão, mas a saúde não pode ficar em segundo plano. Usar preservativo é essencial para prevenir a transmissão do HPV e de outras ISTs”, alerta o infectologista Cristiano Galvão, do Cancer Center Oncoclínicas Nova Lima, de Minas Gerais. Apesar do câncer de pênis ser menos incidente, se não for diagnosticado precocemente, pode levar à amputação parcial ou total do órgão.


Entre 2014 e 2023, mais de 4,5 mil homens morreram em decorrência da doença no Brasil. Em Minas Gerais, foram 426 óbitos, cerca de 9,4% do total nacional. “Além do uso da camisinha, a vacinação contra o HPV é uma das formas mais eficazes de prevenção e está disponível gratuitamente para meninos e meninas de 9 a 14 anos. A desinformação ainda é um desafio, por isso é essencial reforçar a importância da prevenção e do acompanhamento médico regular", destaca.


A preocupação com o HPV não se restringe à saúde masculina. Entre 2023 e 2025, o Brasil deve registrar cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero, com uma taxa de incidência de 15,38 diagnósticos por 100 mil mulheres. No estado de Minas Gerais, a taxa é de 15,17 casos por 100 mil mulheres. Para o triênio 2023-2025, são esperados cerca de 1.670 novas incidências anuais no estado, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).


Diante desse cenário, a especialista reforça a importância do uso consistente de preservativos e da imunização como formas eficazes de prevenção. "A proteção deve ser uma preocupação o ano todo e não somente no Carnaval. Usar preservativo em todas as relações e manter a vacinação em dia são medidas essenciais para evitar não só o HPV, mas também outras infecções sexualmente transmissíveis", conclui Cristiano Galvão, do Cancer Center Oncoclínicas Nova Lima de Minas Gerais.
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