A descoberta da presença do verme Angiostrongylus cantonensis em caramujos, lesmas e caramujos africanos no Rio de Janeiro, acende um alerta importante sobre a saúde pública.
A infecção pelo verme pode levar à meningite eosinofílica, uma doença que afeta as meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal).
Os sintomas incluem dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, febre, náuseas e vômitos. Em casos graves, a doença pode causar complicações neurológicas.
Contaminação alimentar:
O principal risco de infecção ocorre através da ingestão de alimentos contaminados com o muco dos animais infectados.
Verduras, frutas e legumes podem conter larvas do verme, mesmo que não sejam visíveis a olho nu. Uma pessoa morreu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ao contrair a doença.
Disseminação:
A presença do verme em áreas urbanas e rurais aumenta o risco de exposição da população.
O caramujo africano, por ser uma espécie invasora e de alta proliferação, contribui para a disseminação do parasita.
Medidas de prevenção:
Higiene dos alimentos:
Lave cuidadosamente frutas, verduras e legumes em água corrente.
Deixe os alimentos de molho em solução de hipoclorito de sódio (água sanitária) por alguns minutos.
Cozinhe bem os alimentos, especialmente carnes e frutos do mar.
Controle de caramujos:
Evite o contato com caramujos, lesmas e caramujos africanos. Caso precise manuseá-los, utilize luvas e lave bem as mãos em seguida. Mantenha jardins e quintais limpos, evitando o acúmulo de entulho e umidade, que favorecem a proliferação desses animais.
Lave bem as mãos com água e sabão, principalmente antes de preparar e consumir alimentos. Evite andar descalço em áreas onde há presença de caramujos. Procure um médico caso sinta algum sintoma da doença.
A Fiocruz e outras instituições de pesquisa continuam monitorando a situação e desenvolvendo estratégias de controle.
A conscientização da população é fundamental para prevenir a disseminação da doença.