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Tirou a "Carta da Morte", e agora?

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terça-feira, fevereiro 20, 2024


Em Simbolismos no Tarô Egípcio, publicado da Hanoi Editora, a filósofa e professora Ana Beatriz Pignataro vai além das conotações exotéricas das cartas. Ao explorar os mistérios dos cinco maiores arcanos desse oráculo – A Morte, O Enforcado, A Roda da Vida, A Escolha e A Coroa do Mago – ela revela conexões surpreendentes do tarô com a vida cotidiana.

A escolha do tema principal da obra se deve à proximidade de uma das culturas que mais se destacam no aspecto simbólico e nos conhecimentos dos mistérios da natureza: o Antigo Egito. A versão específica das cartas apresentadas é uma mistura de características egípcias e gregas. O primeiro símbolo observado, A Morte, retrata-a ceifando para colher os frutos da vida.

Em nossa cultura, costumamos ter uma relação bastante negativa com a morte. No entanto, no Antigo Egito — e em muitas outras culturas — a morte não era vista dessa forma, como um fenômeno tão negativo que preferimos não pensar sobre. Na verdade, considerava-se a compreensão da morte como fundamental para se viver bem a vida.

(Simbolismos no Tarô Egípcio, p. 25)

Ao abordar sobre o perecimento da vida, Ana Beatriz Pignataro convida o leitor a refletir sobre o tempo e como aproveitá-lo de forma inteligente. Já o simbolismo da carta O Enforcado (O Pendurado) remete ao desapego para alcançar maturidade. A alternância entre luz e sombras é a premissa da Roda da Vida, que sempre deve girar para a ignorância e a obscuridade serem ofuscadas pelo conhecimento e sabedoria.

Além de versar sobre a raiz das decisões humanas ao destrinchar a carta A Escolha, a filósofa detalha o símbolo ligado ao corpo físico, aos bens, projeções sociais, expectativas, desejos e medos na análise de A Coroa do Mago. Essa carta indica que quanto maior o contato e a conexão com a própria essência, maior será a capacidade de harmonizar a vida.

O livro faz parte da Coleção Comentários Sobre o Simbolismo em Grandes Obras, dedicada a demonstrar que a vida é toda simbólica, e por trás de cada acontecimento está escondido um ensinamento, um aprendizado, um pequeno tijolo para a construção de cada pessoa. Leitura clara e envolvente, Simbolismos no Tarô Egípcio orienta a uma jornada enriquecedora e significativa, que permite ao leitor recolher tijolos para a construção de seu templo interior.




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De onde vem o diabo?

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segunda-feira, junho 19, 2023

O demônio está presente nas raízes daquilo que a humanidade entende por injustiça e violação dos direitos. Ele inspira a arte, a música, a literatura, o cinema e surge como resposta para a dor e o sofrimento.

Um profundo estudo sobre esse ser mítico à luz das Ciências Humanas dá origem ao livro O Diabo, do professor de Sociologia da Religião e escritor Edin Sued Abumanssur, lançamento da editora Almedina Brasil, pelo selo Edições 70.

Pesquisador do fenômeno religioso nas expressões populares, o autor revela como o anjo caído se manifesta nas raízes culturais e espirituais da sociedade ocidental. Para ele, o legado cristão é marcado em extensão e profundidade pela presença do tinhoso.

Abumanssur destaca que satanás é, na verdade, o sustentador da moral e dos bons costumes. É quem pune o adúltero, o avarento, o mentiroso, o egoísta. E, assim, funciona como o fiador da ordem social. Para o pesquisador, tanto Deus quanto o diabo foram, cada um à sua maneira, razão e motivo para exercícios de controle social ou subjetivo.

O livro não aborda sobre teologia ou demonologia, mas revela o demônio como articulador e estruturador da cultura, da forma de ver e de viver no mundo. Os capítulos apresentam as origens de belzebu, os diversos nomes que recebe, a magia representada pela figura onipresente e sua imortalidade no imaginário popular e até mesmo a possibilidade de um pacto com o chifrudo.

A gestão do mal – e de sua expressão temporal, a maldade – é o que subjuga e ao mesmo tempo motiva o ser humano em seu empreendimento civilizatório. Portanto, o diabo nos interessa apenas enquanto a maneira como, no Ocidente cristão, nós administramos o mal que nos rodeia. As religiões são, entre outras coisas, sistemas de controle das incertezas e do mal.

(O Diabo, p. 10)

Em O Diabo, Abumanssur busca desviar o olhar do personagem e voltá-lo para as sociedades e comunidades que tiveram de se entender com o mal e a maldade. “Nossas lutas por equidade de raça, de gênero e por um desenvolvimento sustentável têm as digitais do diabo; aquilo que entendemos por liberdade e democracia foi construído nos embates entre uma ordem cada vez mais secular e uma igreja que ameaçava a tudo e a todos com os tormentos do inferno”, destaca o professor.

O autor observa o capiroto não com os olhos da Igreja, ou com os da religião, mas como produção cultural necessária para se fechar a conta da maldade. Com mais nomes do que o próprio Deus, o Cão, Cramulhão, Pé-de-Bode, Sete Peles, Cabrunco, Galhardo, Tisnado, Coisa-Ruim, Malamém... atravessa os séculos e se perpetua para atender os interesses da sociedade e abraçar suas culpas.

5° Simpósio em Combate à Intolerância Religiosa é realizado em Belford Roxo

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terça-feira, janeiro 24, 2023

Fotos: Rafael Barreto/PMBR

A mesa foi composta pelo secretário municipal de Cultura, Bruno Nunes, o candomblecista pai Salomão Moura, o umbandista Sérgio Santos de Oxossi, o budista Diogo Augusto, os pastores evangélicos Cláudio Santos e Júlio Costa, o empresário do ramo da saúde, Leandro Santoro, e João Elias (LGBTQIAP+). Além da presença do Conselho Municipal de políticas públicas culturais.

O evento teve como objetivo promover um diálogo entre representantes religiosos e responder perguntas do público presente e online, através de uma “live” que transmitiu todo o encontro ao vivo.

O secretário municipal de Cultura, Bruno Nunes, destacou a importância de dar voz à sociedade. “Convocamos autoridades e líderes religiosos para combater a intolerância e garantir a liberdade das crenças”, comentou. “Nesses últimos anos estamos trabalhando para que as políticas públicas sejam igualitárias e promovidas nas escolas, nas praças, e campanhas educativas de conscientização em toda Belford Roxo”, concluiu Bruno.

Ações afirmativas

O representante do Candomblé, pai Salomão, aproveitou o evento para resgatar memórias que construíram o caminho até existir o diálogo entre religiões. “Desde 2007, é celebrado em 21 de janeiro, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Foi esta a data da morte da ialorixá baiana Gildásia, conhecida como Mãe Gilda, em 2000”, relembrou. “Seguimos na luta, combatendo a intolerância e racismo na Baixada Fluminense através de ações afirmativas. Estamos presentes para representar as religiões de matrizes africanas, respeitando um mundo multirrreligioso”, finalizou Salomão.

O representante evangélico, pastor Cláudio Santos, reforçou que a religião não prega violência e hostilidade. “A religião não incita à guerra, nem conflito, apenas amor. Hoje temos uma igreja evangélica aberta para diálogos, interagindo com outras comunidades religiosas”, pontuou. “O evangelho é de amor, somos todos irmãos e por meio da nossa fé queremos o bem de todos, não existe algo diferente disso”, acrescentou Cláudio.

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Belford Roxo debate racismo religioso e vereadores querem projeto para a elaboração de estatuto

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sexta-feira, novembro 18, 2022


A Câmara Municipal de Belford Roxo realizou nesta quinta-feira (17/11) a audiência pública "Combate ao Racismo Religioso" com o objetivo de debater com diversos segmentos da sociedade a liberdade religiosa e o combate ao racismo. Os vereadores Jorge Soares Braga, o Jacó, Igo Menezes (que está licenciado para assumir o cargo de secretário de Saneamento) e Denis Venâncio irão elaborar uma minuta de projeto de lei para criar um estatuto com orientações para combater o racismo e a intolerância religiosa no município. Uma das propostas é fazer um censo de todas as religiões em Belford Roxo. A audiência pública, que foi aberta com o toque dos atabaques para Xangô, contou com representantes de diversas religiões como o catolicismo, candomblé, umbanda, budismo e islamismo, entre outras denominações.

Presidindo a audiência pública, o vereador Jacó enfatizou que a participação de todas as religiões é importante na elaboração do projeto. “Esta audiência é um marco. Estamos debatendo a intolerância religiosa e o racismo religioso não só com as pessoas de religião, mas com todos os segmentos da sociedade. É fundamental que recolhamos as propostas para que possamos avaliá-las, debatê-las e colocá-las em prática para a criação do estatuto. As pessoas precisam se amar mais e deixar o preconceito e a intolerância de lado. As religiões de matrizes africanas são as mais perseguidas, mas elas têm raízes culturais e, assim como as outras, também merece respeito”, concluiu Jacó, lembrando que o debate envolve diversas Secretarias Municipais, como Saúde, Educação e Meio Ambiente, por exemplo.

O secretário de Saneamento, Igor Menezes, destacou que o racismo religioso aumentou nos últimos quatro anos, com o crescimento da intolerância. "As minorias sofrem com as discriminações. O preconceito destrói uma sociedade. Precisamos espalhar o amor e a paz para termos um mundo melhor", frisou. "Muitas religiões no Brasil são incompreendidas, pois existe muito preconceito. Precisamos dialogar e educar para acabar com o preconceito", resumiu o vice-presidente da Comunidade Muçulmana, Ihtsham Ahmad Momama

Destacando que Belford Roxo é a cidade onde há o menor número de casos de intolerância religiosa e racial, o secretário municipal de Cultura, Bruno Nunes, lembrou que o Conselho de Igualdade Racial está funcionando e é presidido por Salomão Moura, o pai Salomão. “É necessário construir uma sociedade justa, fraterna e sem divisões”, sustentou. “Precisamos enfrentar o racismo religioso. Por isso buscamos sempre o diálogo com as lideranças para buscarmos soluções”, completou a defensora pública Thais dos Santos

Terreiros quebrados

Praticante do candomblé há mais de 40 anos, Rosana Gonçalves, 51, conhecida como Doné Rosana, salientou que o preconceito e a intolerância com as religiões de matriz africana aumentaram nos últimos quatro anos. Ela tem um terreiro em Belford Roxo e afirmou que nenhum vizinho nunca se incomodou com suas atividades religiosas. “Não tenho problemas, mas vimos constantemente terreiros sendo quebrados por pura intolerância. Sei de pessoas que não podem nem acender uma vela, pois recebe logo uma saraivada de críticas. Essa audiência pública na Câmara Municipal é importante para debatermos a fundo essas questões”, encerrou. “Entre candomblé e umbanda tenho 42 anos de religião. Mas ainda não me sinto segura para ir às ruas com a roupa da religião, pois há muita intolerância e zombaria”, afirmou Lizete Jacinto, 52, a mãe Lizete, dona de um terreiro no bairro Malhapão.

A audiência contou também com a participação dos pastores Carlos Alberto Almada e Júlio Costa, pai Sérgio, pai Salomão Moura, a equede Renata Aleixo, representantes de diversas religiões e do 39º batalhão de Polícia Militar. O encerramento da audiência pública foi com as baiana da escola de samba Inocentes de Belford Roxo, que dançaram ao som do samba-enredo “A meia-noite dos tambores silenciosos”, que deu o quarto lugar (Série Ouro) à agremiação no carnaval deste ano.

Anitta faz visita a terreiro de Candomblé em Nova Iguaçu

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terça-feira, agosto 02, 2022


Larissa de Macedo Machado, mais conhecida pelo seu nome artístico como Anitta, esteve na Baixada Fluminense, visitando o terreiro de Candomblé, na cidade de Nova Iguaçu, onde faz parte.

A cantora que é um fenômeno e que arrasta multidões em seus shows, teve que dar uma pausa e passou recentemente por uma cirurgia em razão de uma endometriose, onde segue em plena recuperação. 

Já em alta médica, ela apareceu ao lado do pai de santo Sergio Pina, seu irmão, Renan Machado e de outras pessoas. Na foto, que foi publicada por Sérgio, Anitta está usando roupa branca e turbante. 

"Fim de um ciclo início de outro. Desejo aos meus filhos vida longa com sucesso", escreveu o pai de santo, na rede social.

Grazi Massafera e filha vão até Duque de Caxias e participam de festa em terreiro de Candomblé

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sexta-feira, maio 20, 2022


A atriz Grazi Massafera e sua filha, Sofia, foram até a cidade da Baixada Fluminense, para prestigiar a inauguração do Templo de Oxum, no terreiro de candomblé de Pai Celinho de Omulu, em Duque de Caxias, na última semana. A atriz já frequenta o templo há algum tempo e na comemoração, ela se sentou na mesma mesa que a cantora Alcione.

Não é novidade a visita de famosos no local, que já teve presença dos cantores Carlinhos Brown, Preta Gil, Alcione e Vanessa da Mata. Além da apresentadora Regina Casé e a atriz Carolina Dieckmann.


"O Ilé À balúwáiyé Jagun abriu as portas para festividades alusivas à inauguração do Templo de Òùn. Desde o almoço, até o Candomblé à noite, inúmeros amigos, sacerdotes e personalidades passaram pelo terreiro, celebrando nossa Grande Mãe!", disse o perfil oficial do local no Instagram.

Grazi e Sofia passaram o dia no terreiro, em uma festa em homenagem ao orixá. A casa existe desde 1978 e tem Pai Celinho como babalorixá. Quem também esteve por lá foi a atriz Luisa Arraes.

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(Publicado em 20/05/2022 às 13h36min

Perturbar culto religioso no Rio de Janeiro poderá gerar multa

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quarta-feira, março 09, 2022


Quem tentar invadir, impedir ou perturbar a realização de culto religioso no Rio de Janeiro poderá ser multado. A penalidade está prevista no projeto de lei 5.552/2022, de autoria do deputado Rosenverg Reis (MDB), que começou a tramitar na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) nesta quarta-feira (09).

Na justificativa, o autor lembrou de um caso recente de invasão a uma igreja evangélica Assembleia de Deus, do Ceará, onde um homem entrou no local, quebrou objetos e causou prejuízo de R$ 15 mil.

"A constituição protege os espaços religiosos, mas vivemos num cenário crescente de intolerância. Temos que criar formas para impedir que cenas como essa se repitam nas igrejas do nosso estado. A ideia é garantir a liberdade de culto, com a multa para inibir quem tem a intenção de atrapalhar a manifestação da fé", justificou Rosenverg Reis.

De acordo com o projeto de lei, entende-se como "impedir, invadir e ocupar" o fato de a pessoa permanecer no local de culto contra a vontade da autoridade religiosa com o objetivo de atrapalhar o culto. O infrator estará sujeito a multa de 500 Ufirs (R$ 2.045), podendo chegar a 1000 Ufirs (R$ 4.090) em caso de reincidência.

A ocorrência deverá ser registrada pela autoridade policial, com informações sobre a tipificação da infração, local, data, identificação e qualificação do autor.

O Poder Executivo deverá regulamentar a presente lei, indicando inclusive o órgão competente para aplicar as penalidades previstas, bem como a destinação dos valores arrecadados com as multas efetuadas.

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Publicado em 09/03/2022
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