Apesar dos avanços em diversas esferas sociais, a presença feminina na indústria brasileira ainda é desproporcionalmente baixa em comparação com a dos homens. Segundo pesquisa lançada este mês pelo Observatório Nacional da Indústria (CNI), as mulheres respondem por 30% da força de trabalho na indústria nacional, setor historicamente dominado pela mão de obra masculina.
Nos últimos anos, a participação de mulheres tem avançado lentamente, evidenciando a importância de grandes empresas, como a Bayer, realizarem iniciativas para atrair, desenvolver e manter mulheres no setor.
É com esse objetivo que o programa "Elas da Bayer: impulsionando mulheres na indústria" chega à terceira edição em 2024. O projeto oferece cursos gratuitos de operação de produção industrial para mulheres cis e trans da Baixada Fluminense, com uma carga horária de 312 horas. O curso já formou 48 mulheres nas edições de 2022 e 2023, ultrapassando o índice de 80% de empregabilidade. A edição deste ano está capacitando mais 16 mulheres.
A iniciativa serviu de inspiração para outras empresas na Baixada Fluminense e também foi replicada em outras unidades da Bayer no Brasil, na Colômbia e Guatemala. “Esse tipo de projeto demonstra o potencial de transformação que programas dedicados à capacitação e inclusão das mulheres na indústria pode ter, contribuindo para reduzir a sub-representação feminina e promover a equidade de gênero no setor”, defende Ana Isabel, Gerente Executiva de Relações Industriais e com Comunidades da Bayer em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Andreza Ramos, atualmente operadora de utilidades na Bayer, foi aluna da primeira turma do “Elas da Bayer”, em 2022, e conta como foi sua experiência. “O que mais me marcou nessa jornada foi o contato com as histórias de outras mulheres. Eu realmente pude conhecer a força de cada uma delas. E, claro, o projeto me trouxe novas trajetórias, oportunidades, mais empoderamento e responsabilidade”, comemora.
No curso, as alunas são preparadas para atuarem em diversas atividades no setor industrial, fornecendo habilidades práticas e teóricas sobre recebimento, expedição e armazenamento de mercadorias; monitoramento de processos de produção; controle de qualidade; segurança; preservação ambiental e outros temas. “Essa iniciativa também mostra que lugar de mulher, cis ou trans, é onde ela quiser. Nossas lideranças estão preparadas para receber as profissionais de forma acolhedora, com respeito e, sobretudo, reforçando nossos valores de diversidade, equidade e inclusão”, conclui Ana Isabel.
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