Foto: Alexandre Simonini/Detran.RJ |
Três ferros-velhos foram interditados, nesta terça-feira (10/9), pela força-tarefa do Governo do Estado responsável pela Operação Desmonte, que visa coibir a comercialização de sucatas e peças de automóveis de origem ilícita e impedir o funcionamento de estabelecimentos sem o credenciamento no Detran.RJ. Dois dos ferros-velhos funcionavam em Queimados e o outro em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Em Queimados, a força-tarefa encontrou dois ferros-velhos, pertencentes ao mesmo dono, sem notas fiscais dos produtos à venda e sem credenciamento para funcionar. Em um dos locais, num terreno baldio sem iluminação e com mato alto, foi encontrada a placa de um automóvel Gol roubado em 2021. Os agentes verificaram, também, o lançamento de óleo de motor diretamente no solo, o que caracteriza crime ambiental.
A outra unidade também não tinha licença de funcionamento, e as peças estavam sem notas fiscais. O proprietário foi levado à 55ª DP (Queimados) para prestar esclarecimentos.
Em Belford Roxo, na Rodovia Presidente Dutra, altura do quilômetro 12, as equipes flagraram a comercialização de peças de automóveis sem notas fiscais. A loja foi interditada e o dono terá 30 dias para provar a procedência lícita do material. Caso contrário, todas as peças e carcaças serão apreendidas e destruídas.
Desde agosto do ano passado, quando as atividades da Operação Desmonte foram iniciadas, 60 estabelecimentos foram fechados durante ações da força-tarefa, que é coordenada pelo Detran.RJ e integrada por Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e Secretaria de Estado de Governo.
Ao todo, foram apreendidas mais de 900 toneladas de sucata, destinadas a empresas de reciclagem credenciadas pelo Detran. Até o momento, cerca de 300 proprietários de ferros-velhos deram entrada na documentação junto ao Detran.RJ para se credenciar e trabalhar de forma regular.
Desde o início de setembro, os estabelecimentos credenciados junto ao Detran.RJ são obrigados a colar etiquetas nas peças a serem comercializadas, que poderão ter a procedência verificada. Com essa ação, o Governo do Estado pretende dificultar a receptação de material roubado e, com isso, reduzir o roubo e furto de veículos.