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Cannabis é nova esperança no tratamento da obesidade

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quinta-feira, dezembro 19, 2024


A cannabis sativa já é conhecida por seu uso no tratamento de condições como Alzheimer, Parkinson, epilepsia, ansiedade, insônia, TEA, fibromialgia, câncer e dor crônica. No entanto, avanços científicos recentes têm explorado o uso de compostos como CBD, CNB e THCV, todos derivados da cannabis, no combate à obesidade. “A obesidade é uma doença crônica, progressiva e multifatorial, caracterizada por uma complexa inflamação neuroendócrino-metabólica. O tratamento exige uma abordagem multidisciplinar e o uso de canabinoides tem gerado resultados muito positivos”, explica João Carlos Caruso Silveira, pesquisador e médico da Associação Brasileira de Médicos com Expertise de Pós-Graduação (Abramepo).

Pesquisador nas áreas de Obesidade e Nutrição, o médico tem certificação pela WeCann Endocannabinoid Global Academy e publicou recentemente um artigo sobre novas perspectivas de tratamento para a obesidade. Ele destaca que o sistema endocanabinoide, presente em todos os mamíferos, desempenha um papel crucial na regulação de funções fisiológicas como apetite, metabolismo e armazenamento de gordura. “A interação dos canabinoides com o sistema endocanabinoide tem se mostrado promissora no tratamento da obesidade em várias frentes. No Brasil, esse tratamento é considerado off label, mas resolução do CFM permite o uso de canabinoides para tratamento de outras doenças”, comenta.




Caruso detalha que pesquisas recentes destacam o THCV (Tetrahidrocannabivarina) como um supressor do apetite eficaz, atuando como antagonista dos receptores CB1, frequentemente superativados em pessoas com obesidade, resultando na redução da fome e no aumento do gasto energético. “Várias substâncias presentes na cannabis são usadas no tratamento da obesidade. O CBD, além dos efeitos ansiolíticos, pode modular o sistema endocanabinoide, regulando o apetite e o metabolismo, e tem propriedades anti-inflamatórias, contribuindo para a melhora da saúde metabólica. Já o Canabinol auxilia na melhora do sono, contribuindo indiretamente para o controle do apetite e a regulação do peso”, explica.



Acesso legal

Caruso observa que, ao contrário do CBD, o THCV não é produzido em larga escala e deve ser importado com aprovação da Anvisa. “É um composto mais difícil de encontrar até mesmo no Exterior”, comenta. Apesar de todos os benefícios, o médico enfatiza que a cannabis não deve ser vista como uma solução única para a obesidade. “A complexidade do sistema endocanabinoide e a variabilidade individual exigem abordagens personalizadas, combinando o uso de canabinoides com outras intervenções, como terapias com incretinas, cirurgia bariátrica e mudanças no estilo de vida, incluindo dieta equilibrada, exercícios físicos regulares e suporte psicológico. A obesidade é um desafio complexo que exige uma abordagem multidisciplinar e individualizada, não existe uma fórmula pronta”, reforça.

Panorama atual

Em seu artigo, Caruso destaca a complexidade da obesidade, indo além da tradicional visão de desequilíbrio entre ingestão calórica e gasto energético, e revela os custos alarmantes da doença. A obesidade afeta mais de 2,3 bilhões de pessoas globalmente, tornando-se uma das maiores crises de saúde pública do século XXI. Suas consequências incluem doenças crônicas como diabetes tipo 2 e hipertensão, além de impactos socioeconômicos significativos. Projeções indicam que os gastos com saúde e a perda de produtividade relacionados à doença podem ultrapassar US$ 2,8 trilhões anualmente até 2030, considerando despesas médicas, perda de produtividade e morte prematura. “Esse fardo econômico, somado ao sofrimento humano causado pelas doenças associadas, reforça a urgência de novas abordagens terapêuticas para a doença. Precisamos abandonar pré-conceitos e lidar com a obesidade com a atenção e o cuidado que ela merece”, conclui.

Homem é assassinado a tiros dentro de pensão em Queimados

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A Polícia Civil abriu um inquérito para investiga a morte de um homem, dentro de uma pensão na Baixada Fluminense.

O crime aconteceu nesta quarta-feira, dia 18/12, na Rua Georgeta, no bairro Vila das Porteiras,  na cidade de Queimados.

A área foi isolada por policiais militares do 24ºBPM (Queimados) para a realização da perícia da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que vai investigar o caso.

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Doenças causadas pela falta de saneamento básico: um problema de saúde pública

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Um levantamento divulgado em 2023 pelo Instituto Trata Brasil, com base nos indicadores de 2021 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), aponta que 100 milhões de brasileiros não têm acesso à rede de esgoto e 35 milhões enfrentam a falta de água potável. Esses números alarmantes revelam uma crise que afeta diretamente a saúde pública e aumenta os custos do sistema de saúde no país.

A precariedade do saneamento básico reflete-se em internações por doenças evitáveis. De acordo com o Ministério da Saúde, só em 2023 foram registradas 191 mil internações por doenças de veiculação hídrica, superando as 143 mil de 2022. O infectologista Dr. Ivan Silva Marinho, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, alerta que a falta de água potável e coleta de esgoto resulta em uma ampla gama de enfermidades, dentre as quais estão:

Diarreia infecciosa
Hepatite A
Cólera
Leptospirose
Esquistossomose
Febre tifóide
Infecções dermatológicas e oftalmológicas

"A ausência de saneamento básico deixa milhões de brasileiros vulneráveis a doenças que poderiam ser facilmente evitadas. Essas condições impactam diretamente a saúde, especialmente das crianças, que são as mais afetadas", destaca o Dr. Ivan. Crianças doentes, além de faltarem na escola, ainda ficam debilitadas em sua fase de crescimento, comprometendo a capacidade de aprender, com reflexos em sua vida futura.

Além das implicações para a saúde, os custos econômicos e sociais também são elevados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar investido em saneamento gera uma economia de até US$ 4 em gastos com saúde pública. As doenças de veiculação hídrica impactam diretamente a condição de trabalho e desenvolvimento das pessoas, o absenteísmo e a produtividade das empresas, com reflexos no desenvolvimento econômico e social e competitividade do país.

Sibylle Muller, engenheira civil e CEO da NeoAcqua, reforça: "No Brasil, o déficit de saneamento impacta diretamente os gastos públicos. O Marco Legal do Saneamento tem impulsionado o aumento da cobertura dos tratamentos de água e esgoto, mas ainda serão necessários mais investimentos para atingir a universalização do saneamento no País”. A especialista também aponta caminhos viáveis para acelerar os avanços no setor. "Sistemas descentralizados de tratamento de esgoto, projetados com tecnologias eficientes, especialmente em áreas não atendidas por rede de coleta, são alternativas econômicas para redução do deficit do saneamento e da poluição de rios, lagos e outros cursos d’água. Contudo, é necessário um esforço conjunto entre governos e iniciativa privada para ampliar o alcance dessas soluções", explica Sibylle.

Os dados são claros: o déficit de saneamento básico é mais do que um problema de infraestrutura. Ele compromete vidas, agrava a pobreza e representa um entrave ao desenvolvimento econômico sustentável do país. Garantir acesso a água potável e serviços de esgoto deve ser uma prioridade nacional, unindo esforços públicos e privados para reverter esse cenário.

Novas unidades do Programa Minha Casa Minha Vida chegam a Japeri

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A Prefeitura de Japeri, em parceria com o Governo Federal, realiza nesta quinta-feira, (19), às 10h, a cerimônia de assinatura de mais uma edição do programa Minha Casa Minha Vida. A construção dos novos empreendimentos será nos bairros Mucajá e Santa Amélia, onde serão construídas 160 unidades habitacionais.

A assinatura do convênio acontece na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast), que fica na Avenida Tancredo Neves, Lt 02 Qd 02, em Engenheiro Pedreira.

Responsável pelo projeto e por todo o planejamento e trâmite administrativo, a secretária Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurb), Andreia Brito, destaca que o programa reflete o compromisso da gestão municipal com a redução do déficit habitacional e a promoção da dignidade e qualidade de vida para as famílias beneficiadas.

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Nova remessa do Cartão Recomeçar será entregue nesta sexta, (20) e sábado, (21), em Japeri

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quarta-feira, dezembro 18, 2024



O Cartão Recomeçar é uma iniciativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, destinada a auxiliar famílias afetadas pelas chuvas intensas em cidades que decretaram estado de calamidade pública. O recurso é para a proporcionar a reconstrução da vida das pessoas atingidas e vem sendo entregue de forma gradativa.

Em Japeri, nesta sexta-feira, (20) e sábado, (21), na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast), a Prefeitura realiza a entrega de mais um lote. A distribuição será realizada por ordem alfabética: na sexta-feira, nomes de A a G; e no sábado, de I a Z.

A Semast está localizada na Avenida Tancredo Neves, Lt 2, Qd 2 no Mucajá, em Engenheiro Pedreira.

Os usuários poderão utilizar o benefício para a compra de materiais de construção, móveis e eletrodomésticos. Para verificar se foi contemplado, os inscritos devem consultar a lista de beneficiários divulgada pela Prefeitura nos canais oficiais. E para retirar o cartão, é necessário apresentar documentos como RG, CPF e comprovante de residência.

Queimados está entre os 20 municípios com mais infectados pelo vírus HIV no país

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O Ministério da Saúde divulgou no dia 11/12/2024 o Boletim Epidemiológico de 2024. Trata-se de uma publicação oficial que reúne, organiza e divulga dados sobre a situação do HIV e da Aids no Brasil. Ele é elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e divulgado anualmente no mês de dezembro.

De acordo com o boletim, o município de Queimados, na Baixada Fluminense, registrou um aumento significativo na taxa de detecção e mortalidade por Aids no último ano. Embora a cidade tenha saído da 11ª colocação em 2023 para a 18ª posição no ranking nacional, os números ainda são alarmantes.

Segundo os dados mais recentes, a taxa de detecção passou de 22,7 casos por 100 mil habitantes em 2023 para 29,1 casos em 2024, um aumento de 4,5%.

A taxa de mortalidade também cresceu, saltando de 8,2 para 10,7 casos por 100 mil habitantes, com variação de 1,8%.

Apesar do cenário geral preocupante, a taxa de detecção em menores de 5 anos apresentou uma queda de 4,2%, refletindo ações mais eficazes na prevenção da transmissão vertical (de mãe para filho).

Para Vander Campanati Rodriguez, médico Radiologista na Clínica ELO JC IMAGEM E DIAGNÓSTICO, "a prevenção é a melhor forma de combater o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Realizar exames regularmente é um ato de cuidado consigo mesmo e com a comunidade, e nossa missão é proporcionar acesso a diagnósticos de qualidade para todos os moradores de Queimados e região".

Outros municípios do Estado do Rio de Janeiro que aparecem na lista são: Nova Iguaçu, na 28ª posição; Magé, em 29º; São João de Meriti, em 33º; Mesquita, em 41º; e Duque de Caxias, na 48ª colocação.

Iniciativas de prevenção e conscientização: Dezembro Vermelho

O mês de dezembro é marcado pelo Dezembro Vermelho, mês de conscientização sobre a prevenção ao HIV e de incentivo à realização de exames que possibilitam um diagnóstico precoce.

Na Baixada Fluminense, onde o acesso à informação e aos serviços de saúde muitas vezes encontra desafios, falar sobre a importância dos exames de diagnóstico do HIV é essencial para garantir que mais pessoas possam iniciar um tratamento eficaz e ter uma melhor qualidade de vida.

“O diagnóstico precoce do HIV é um passo fundamental para o controle da doença. Identificar o vírus logo no início não só permite que o tratamento seja mais eficaz, como também diminui as chances de transmissão, ajudando a proteger a comunidade como um todo. Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maiores são as chances de se manter uma vida saudável e produtiva”, afirma o médico.

Em Japeri, Prefeita Fernanda Ontiveros e os 11 vereadores são diplomados

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Em uma solenidade presidida pelo juiz da 139ª zona eleitoral, Dr. Thales Nogueira Cavalcanti Venâncio Braga, a prefeita de Japeri, Dra. Fernanda Ontiveros (PT) e o vice-prefeito, Carlos Januário (Solidariedade), foram diplomados na manhã desta quarta-feira, 18, no Fórum da cidade. Em uma cerimônia restrita a convidados, a chefe do executivo, que foi reeleita com cerca de 40% dos votos, recebeu a certificação juntamente com os 11 vereadores eleitos.

O juiz eleitoral lembrou aos diplomados que todo poder emana do povo, conforme consta na Constituição Federal. “O processo eleitoral é esse conjunto coordenado de atos para extrair a vontade do povo de uma forma transparente, auditável e sem interferências ilegítimas.”, disse Dr.Thales, que agradeceu ao corpo de servidores da Justiça Eleitoral e também a todos que contribuíram para a garantia do pleito na cidade.

Após ouvir do magistrado, que como os vereadores têm a missão de dar voz aos que não têm voz, e que deve trabalhar incansavelmente para melhorar a vida dos cidadãos, a prefeita afirmou o propósito de servir à população.

“Vamos trabalhar mais e melhor, porque esta é a nossa vocação. Como médica pediatra neonatal, eu tinha certeza que minha missão era salvar vidas, mas Ele tinha outra pra mim: que era ser prefeita da cidade que eu nasci. Vamos fazer o nosso melhor e quero pedir, aqui, aos 11 vereadores eleitos, o apoio incansável. Ninguém constrói nada sozinha, sozinho. Construiremos juntos. Fizemos isso no primeiro mandato e faremos isso no segundo”, ressaltou a prefeita.

A médica neonatal lembrou que em sua gestão foram retomadas obras paralisadas, aumentou 60% do atendimento na atenção básica de saúde e que a cidade recebeu R$260 milhões do novo PAC para serem investidos na cidade ao longo dos quatro anos. Lembrou ainda que tem um grande desafio que é o de construir a maternidade entre outras coisas.

Família

A diplomação foi acompanhada por familiares dos vereadores eleitos, entre eles os pais da prefeita, o médico Carlos Ontiveros e Silvia Ontiveros. Ele, primeiro médico da cidade e por cujas mãos nasceram muitos japerienses da cidade. Também estavam presentes a Promotora Mariana Martins Seródio Boechat, o Comandante do 24º Batalhão de Polícia Militar, Tem. Coronel, Leandro Xavier Maia, o delegado da 63° DP, Luiz Maurício Armond Campos e outras autoridades.

Vereadores diplomados

Rogerio Gomes Castro, Cristiano do Nascimento Alves, Mateus Coutinho Ferraz, Marlon dos Reis Santos , Leandro dos Santos Moura, Ygor Pereira Braz, Wallace Gomes dos Santos, Abner Sampaio Ferreira Madeira. Walter Trajano Alves, José Carlos de Souza e Charles Gonçalves Soares.

Assembleia do RJ aprova proposta que proíbe ‘Armas de gel’ no Estado

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As arminhas que viraram febre em boa parte do Estado, estão com os dias contatos. A Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) aprovou uma emenda ao projeto de lei da deputada Marta Rocha, de 1995, que tem como objetivo vedar a produção, venda, comercialização, transporte e distribuição de brinquedos e réplicas de armamentos no Estado.

A alteração, sugerida pela deputada Tia Ju, agora incorpora especificamente os gel blasters na lei, levando em conta o possível perigo que esses dispositivos podem representar.

Marta Rocha, anunciada nesta segunda-feira (16/12) como a nova responsável pela Assistência Social da cidade, enfatizou os riscos ligados a esse tipo de brinquedo.

"Existe um perigo eminente aqui. Não é só crianças que estão brincando com elas, mas sim adultos estão saindo com grupos com as mesmas em punho. Isso pode não acabar bem. Fora que já tem criminosos colocando o copo de gel nas armas verdadeiras para passar batido, sem serem notados, deixando a polícia em maus lençóis". Disse jornalista investigativa Rose Mendes. 

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Força-tarefa resgata 14 trabalhadores submetidos a trabalho escravo no Rock in Rio 2024

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 Empresa que organiza o evento foi considerada diretamente responsável pela exploração

A força-tarefa formada por procuradores do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) e auditores-fiscais da Superintendência Regional do Trabalho no Rio de Janeiro concluiu nesta semana operação iniciada em 22 de setembro e que resultou no resgate de 14 empregados submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão durante o Rock in Rio 2024.

As vítimas trabalhavam como carregadores dos mais diversos objetos (grades, “cases”, “leds”, bebidas, barricadas, brindes e estruturas metálicas), atuando na montagem e limpeza de alguns espaços. Os trabalhadores foram contratados com a promessa de receber diárias que variavam entre R$ 90 e R$ 150, a depender do número de horas trabalhadas. Muitos dos empregados dobravam jornadas por dias seguidos na expectativa de aumento de ganhos, chegando a trabalhar por 21 horas em um dia e voltando a trabalhar após três horas de descanso. Apesar da promessa de remuneração, os valores não foram pagos integralmente.

A ação foi realizada a partir dos indícios de que trabalhadores da empresa contratada pela organizadora do evento estavam pernoitando no escritório da empresa no interior do festival, na Arena de Tênis do Parque Olímpico, e realizando jornadas em sequência. Na madrugada do dia 22 de setembro, auditores-fiscais do Trabalho estiveram no local e encontraram 14 trabalhadores dormindo na base da empresa, deitados precariamente sobre papelões, sacos plásticos e lonas, alguns com cobertores, demonstrando que havia um planejamento prévio para pernoitar no local.

Fotos: Auditoria Fiscal do Trabalho

Algumas das trabalhadoras resgatadas informaram que tomavam banho de canequinha no banheiro feminino e tiravam a maçaneta da porta do sanitário para que os homens não entrassem no local.

Os trabalhadores disseram que permaneciam no local após o término das escalas durante a madrugada para “dobrarem”, ou seja, para iniciarem novas jornadas na manhã do mesmo dia e após já terem trabalhado por mais de 12 horas. Há relatos de trabalhadores que laboraram por dias seguidos sem ir para casa ou com intervalos de três horas entre as jornadas, trabalhando das 8h às 5h e reiniciando o trabalho às 8h na mesma manhã.

Os trabalhadores disseram, ainda, que utilizavam o banheiro do andar para higiene e tomavam banho no banheiro do andar inferior (térreo da Arena), na realidade, no vestiário do equipamento esportivo olímpico, cedido e sob vigilância da organizadora do festival. A equipe verificou o banheiro do andar e constatou que o local estava muito sujo, com diversas roupas penduradas e com urina no chão, entre outras irregularidades.

Fotos: Auditoria Fiscal do Trabalho

Para Raul Capparelli, auditor-fiscal do Trabalho que participou da operação, “no momento em que encontramos os trabalhadores dormindo precariamente sobre lonas e papelões foi difícil acordá-los para as entrevistas, tamanho era o cansaço deles”.

O resgate

Foi constatado o trabalho análogo à escravidão em decorrência das condições degradantes do alojamento, da jornada exaustiva e de trabalho forçado. A Auditoria-Fiscal do Trabalho lavrou 21 autos de infração punindo a empresa contratada, FBC Backstage Eventos Ltda, e 11 autos de infração em relação à realizadora do evento, Rock World S.A., que foi responsabilizada diretamente pelo trabalho análogo à escravidão, em razão da negligência na fiscalização do cumprimento da legislação trabalhista por parte da empresa contratada.

A fiscalização também emitiu guias de seguro-desemprego pelas quais os trabalhadores fazem jus ao recebimento de três parcelas de um salário mínimo cada.
Após sucessivas audiências, as empresas não quiseram firmar termo de ajustamento de conduta (TAC) junto ao MPT/RJ, que irá adotar medidas cabíveis para impedir que as irregularidades constatadas voltem a ocorrer, e também para garantir a necessária indenização por danos morais individuais às vítimas, além de indenização por danos morais coletivos.

De imediato, o MPT requisitou informações à empresa que emitiu o certificado de “evento sustentável” para o Rock in Rio, e cobrou quais providências serão adotadas a partir da constatação de trabalho escravo na edição de 2024. O MPT também questionou as empresas apoiadoras do evento para que informem quais medidas serão adotadas, considerando o possível uso de trabalho escravo na divulgação de suas marcas, inclusive na montagem de estandes, paineis e placas de anúncios.
Rock in Rio

O resgate de trabalhadores não é inédito no Rock in Rio. No evento de 2013, 93 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em uma empresa do ramo de “fast food”.

À época, foi verificado que uma empresa terceirizada cobrava pelo credenciamento, atraindo trabalhadores de diversas regiões do país. Havia também gastos dos trabalhadores com passagens, hospedagem e ingressos tendo em vista a necessidade da empresa garantir o número mínimo de ambulantes no evento. Se não trabalhassem, teriam vindo à toa para a cidade, com gastos.

Os trabalhadores ficaram alojados em comunidades próximas. Além disso, muitos deles passavam a noite ao redor do evento, sem saber se poderiam trabalhar, sem garantia de alimentação, água ou local de repouso. Havia retenção de documentos.

Na edição de 2015, foram resgatados 17 trabalhadores, também de empresa que atuava com alimentação. Auditores-fiscais do Trabalho verificaram que a jornada era exaustiva e que os trabalhadores estavam alojados em comunidades de forma precária. Não havia pausas para descanso, porque os empregados tinham que conseguir vender o estabelecido por dia. Não foi oferecida alimentação e hidratação e os documentos pessoais foram retidos.

Em 2024, a empresa que organiza e produz o Rock in Rio foi considerada diretamente responsável pela exploração do trabalho em condições análogas às de escravo, pois os trabalhadores atuavam diretamente na produção do evento como carregadores.

Para Thiago Gurjão, procurador do Trabalho responsável pelo inquérito, “não é possível tolerar trabalhadores nas condições que foram encontradas, dormindo em papelões por três horas antes de voltar para uma nova jornada de um trabalho pesado, carregando materiais, por até 20 horas. É inadmissível que isso ocorra em um evento de grande porte, com um discurso voltado para a sustentabilidade e responsabilidade social, que tem todos os recursos necessários para que isso não ocorra”.

Corpos são encontrados em Nova Iguaçu; Um estava carbonizado dentro de carro e outro às margens de estrada de barro

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Dois corpos foram encontrados em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense. Uma das vítimas, teve o corpo totalmente queimado dentro de um carro. O outro corpo foi achado perto do veículo, porém às margens da via de barro, conhecida como na Estrada Federal, perto do “Casarão dos Escravos”,

Conforme informações, o caso parece ter ocorrido há pouco tempo, pois um dos corpos não estava decomposto e não há cheiro ruim no local.

A polícia militar foi chamada e consequentemente equipes da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil.

Guerra entre criminosos provoca terror em Belford Roxo; Vídeos mostram balas traçantes cortando o céu

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Moradores das Comunidades Bom Pastor e Gogó da Ema, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, viveram uma noite de terça-feira e a madrugada de quarta 18/12 de terror, diante do intenso confronto armado, entre traficantes das facções Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro (TCP).

Vídeos, que circula nas redes sociais, mostram balas tratantes clareando o céu durante a rajadas de tiros na região.

O confronto iniciou no Morro do Castro em direção à Comunidade Gogó da Ema e Bom Pastor. Até a publicação desta reportagem ainda não havia informações de feridos na região.




Mudanças no Vale-Pedágio Obrigatório passam a valer a partir do dia 1° de janeiro

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terça-feira, dezembro 17, 2024



O Vale-Pedágio Obrigatório passará a valer, a partir de 1° de janeiro de 2025, apenas na forma eletrônica, com o uso de TAG. A medida atende à resolução 6.024, de 3 de agosto de 2023, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Com isso, os modelos operacionais em cartão e cupom deixarão de existir e serão aceitos apenas até 31 de janeiro de 2025.

Com o objetivo de informar os caminhoneiros autônomos, agregados e transportadores sobre a mudança, a concessionária CCR RioSP está veiculando mensagens nos painéis eletrônicos instalados nas rodovias, nos canais de atendimento (chatbot/whatsapp, 0800 e site), além da distribuição de folhetos nas cabines manuais de pedágio.

Segundo a Agência Nacional de Transportes (ANTT), a mudança tem o objetivo de aumentar a eficiência, a segurança e a aderências às normas no transporte rodoviário de cargas, além de adequar o Vale-Pedágio obrigatório às novas tecnologias para a cobrança de pedágio, como o Free Flow (Sistema de Pedagiamento Eletrônico). Entre os benefícios previstos com a medida, estão a redução tempo de viagem, de custos operacionais e das emissões dos gases de efeito estufa.

O novo Vale-Pedágio Obrigatório será aceito em todas as concessionárias de rodovias, sejam elas federais, estaduais e municipais a partir de 1° de janeiro de 2025. Os TAGs deverão ser disponibilizados por uma Fornecedora de Vale Pedágio Obrigatório (FVPO) autorizada pela ANTT. A relação das empresas está no site da ANTT.

O que é o Vale-Pedágio Obrigatório

O vale-pedágio foi instituído a partir da lei 10.209, de 23 de março de 2001, e estabelece que o pagamento de pedágio, por veículos de carga, é de responsabilidade do embarcador. Segundo a norma, o valor do vale-pedágio não integra o valor do frete, não sendo considerado receita operacional ou rendimento tributável.

O Vale-Pedágio obrigatório deverá ser disponibilizado pelo contratante ao transportador contratado para o serviço de transporte rodoviário de carga, no valor necessário à livre circulação entre a sua origem e o destino, considerando todas as praças de pedágio existentes na rota da viagem contratada e as tarifas correspondentes à categoria do veículo.




O que é enterocolite? ENTENDA

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Considerada a emergência gastrointestinal mais comum e perigosa entre recém-nascidos, a enterocolite acomete, segundo a ONG Prematuridade, até 0,7% dos bebês nascidos vivos, 7% dos pacientes internados em UTI Neonatal e até 8% dos meninos e meninas nascidos com menos de 1,5kg. A doença ganhou destaque após o recente diagnóstico de Ravi, filho mais novo dos influenciadores digitais Viih Tube e Eliezer, que ficou 20 dias hospitalizado para tratar a condição.

De acordo com Silmara Possas, médica neonatologista e coordenadora das UTIs do Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país, a doença é causada por um processo inflamatório no intestino e pode levar a complicações, como a desnutrição severa do bebê. “A enterocolite é uma doença grave que pode ser causada por diferentes fatores, mas que ainda está em estudo. Conforme o grau de gravidade, o paciente pode precisar de procedimentos cirúrgicos”, explica.

Como é feito o diagnóstico da enterocolite?

O diagnóstico da doença é feito com avaliação clínica a partir dos sintomas que a criança apresenta e com a realização de exames de imagem e de sangue. Entre os sinais de alerta da enterocolite estão:

distensão abdominal;
fezes com sangue;
apatia e letargia;
vômitos amarelados ou esverdeados;
dificuldade na alimentação;
febre ou hipotermia.

Como é realizado o tratamento?

A enterocolite exige que o diagnóstico seja rápido e que o tratamento seja adequado conforme a gravidade do caso. Os cuidados e intervenções podem ser feitos com a suspensão temporária da alimentação via oral, com nutrição parenteral, com o uso de antibióticos, com monitoramento em UTI neonatal e, em casos mais graves, com a realização de procedimentos cirúrgicos.

“Após a melhora, o acompanhamento com o pediatra é fundamental para monitorar o crescimento, pois, em alguns casos, a criança pode manifestar má absorção de nutrientes e atrasos no desenvolvimento”, explica Silmara Possas.

Existe prevenção para a enterocolite?

O leite materno é um dos principais aliados na prevenção da doença, porque também desempenha o papel fundamental de fortalecer o sistema imunológico do bebê e auxiliar no desenvolvimento saudável da flora intestinal. Além disso, o acompanhamento neonatal e o cuidado adequado de fatores de risco como prematuridade, baixo peso ao nascer e infecções sistêmicas são essenciais para diminuir as chances de desenvolvimento da doença.
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